2025 tem sido um ano cinzento para o Dragão, no entanto, e ainda que por breves momentos, tudo mudou de cor.

Depois de um primeiro tempo muito apagado - e com os fantasmas da Amadora no ar -, o FC Porto deu uma resposta firme na segunda parte e regressou aos triunfos (3-1) na receção ao Moreirense.

Resultado positivo para os azuis e brancos que saltam, sob forma provisória, para o terceiro posto, enquanto os minhotos - já com a manutenção no bolso - seguem no 10º lugar.

Vulgar

@Catarina Morais / Kapta +

A instabilidade reina na cidade do Porto. O tempo não dá tréguas e parece bipolar - ora chove de forma intempestiva ora faz um sol de verão -, o clube, por sua vez, vive um período conturbado e patenteado pela turbulência, ao passo que, por fim, a equipa de futebol parece perdida e sem rumo.

Apáticos, desorientados e muito longe de convencerem as bancadas. Um FC Porto vulgar. Ainda assim, apesar deste preâmbulo, do outro lado estava uma equipa sólida, segura e focada em fazer história no Dragão.

O Moreirense de Bacci não procurou assumir as rédeas, ou praticar um futebol muito vistoso, contudo, mostrou-se compacto defensivamente e foi aproveitando os erros portistas.

Depois de uma meia hora em ritmo de treino, em que apenas um remate de Mora à trave deu algum ânimo aos adeptos, Yan Maranhão - no minuto seguinte - tratou de colocar a bancada do Dragão (ainda) mais insatisfeita/impaciente.

Moreirense marcou primeiro no Dragão @Catarina Morais / Kapta +

Num contra ataque perfeito, Alanzinho descobriu o avançado brasileiro em zona perigosa que, após tirar Nehuén Perez da frente com classe, atirou sem hipóteses de pé esquerdo.

Os apupos começaram tímidos no arranque da partida, mas aumentaram (e de que maneira) de volume e apenas Fábio Vieira/Francisco Moura conseguiram, por momentos, satisfazer os portistas. O médio cruzou de forma perfeita e o lateral cabeceou muito bem.

Mora? Invulgar

Segunda parte com uma toada praticamente igual. O Moreirense, ainda que menos perigoso com bola, continuou compacto defensivamente e obrigou o FC Porto a ser mais audaz e mais rematador.

Os primeiros 30 minutos não significaram uma melhoria substancial em relação ao primeiro, não obstante, viu-se um FC Porto ligeiramente melhor na reação à perda da bola e mais capaz de criar oportunidades.

@Catarina Morais / Kapta +

Já com duas mexidas na equipa - Pepê com mais um jogo para esquecer -, Anselmi viu o segundo golo ocorrer da marca dos 11 metros, depois de uma mão no braço de Maracás. Samu concretizou e, volvidos nove minutos, voltou a faturar.

Desta feita, com magia e Mora à mistura.

O jovem de 17 anos driblou o adversário com facilidade - lance espetacular do português - e colocou nos pés do espanhol que, de pé esquerdo, fez o bis.

A noite não foi de grandes euforias, mas terminou com alguma cor na cidade do Porto...