A França, com alguma felicidade, levou a melhor diante da Bélgica (1-0), no Merkur Spiel-Arena. Desta forma, os bleues apuraram-se para a próxima fase da competição.

No que diz respeito aos onze iniciais, Didier Deschamps surpreendeu, promovendo duas alterações face à exibição pouco convincente diante da Polónia (1-1). Antoine Griezmann e Marcus Thuram entraram no lote de escolhas, em detrimento de Bradley Barcola e Ousmane Dembélé. O avançado do Internazionale partilhou, assim, a zona mais adiantada do terreno com um tal de Kylian Mbappé. N'Golo Kanté, uma das principais referências da equipa na competição, ficou responsável pelo equilíbrio defensivo.

No outro canto da sala, Domenico Tedesco também não ficou conformado com o duelo frente à Ucrânia (0-0) e, como tal, protagonizou mexidas táticas. O 4-2-3-1 transformou-se num 4-4-2, com Romelu Lukaku a ser acompanhado por Lois Openda, que teve a sua primeira oportunidade na configuração inaugural. Porém, esta não foi a única alteração realizada pelo treinador alemão. Leandro Trossard, jogador que tem estado muitos furos abaixo no torneio, deu lugar ao experiente Yannick Carrasco.

Convencer? O que interessa é apanhar o bilhete!

A turma gaulesa entrou no terreno de jogo com uma abordagem contida. Apesar do domínio no requisito 'Posse de Bola', as aproximações à baliza à guarda de Casteels foram escassas, com a linha defensiva adversária a saber lidar tranquilamente com as escassas incursões francesas. No entanto, face aos claros sinais de desinspiração dos bleues, os diabos vermelhos foram ficando mais soltinhos. A equipa pareceu cada vez mais acostumada ao novo modelo, criando múltiplos desequilíbrios pelos corredores.

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Carrasco, de primeira, e De Bruyne, através de um livre direto, tentaram alvejar a baliza de Maignan, mas o esférico teimou em não entrar. Este atrevimento belga, baseado nas transições rápidas, trouxe um grande revés: os espaços concedidos. Os meninos de Deschamps, de forma astuta, procuraram as respetivas brechas para aumentar o grau de intimidação. O conjunto que atuou de branco e azul começou a aumentar o seu caudal, criando as ocasiões mais perigosas. Vozes do inconformismo? Tchouaméni e Mbappé.

O segundo tempo foi mais quentinho, mas o but (termo 'golo' na língua francesa) estava tímido e não queria aparecer. Apesar do cerco francês, Jan Vertonghen, destemido, esteve imperial, ganhando inúmeros duelos aéreos. O guardião do Al-Qadisiyah não teve muitos problemas, pelo menos, até aos 85'. Após uma jogada coletiva, Kolo Muani desferiu um cruzamento pela direita, mas a bola desviou em Vertonghen, que rapidamente passou de eventual herói para vilão.

O jogo acabou por não ter mais incidentes de relevo, para desalento dos adeptos belgas presentes na bancada. A França celebrou, assim, a passagem para os quartos-de-final do Campeonato da Europa, prolongando a sua estadia na Alemanha!