Vasco Alves deu um passo atrás para dar depois dois à frente e alcançou hoje (segunda-feira) o seu segundo top-5 de carreira em torneios do PT Tour, o circuito internacional português sancionado pela Federação Portuguesa de Golfe (FPT). 

O profissional do Oporto Golf Club, em Espinho, decidiu deliberadamente faltar ao terceiro ‘swing’ do PT Tour de 2025, para recuperar técnica e animicamente, para, depois, regressar em força, com um 5.º lugar (empatado) no 2.º NAU Álamos Open, o torneio de 10 mil euros em prémios monetários, que hoje terminou no Morgado Golf Resort, em Portimão. 

Vasco Alves começou por ser o 3.º classificado após a primeira volta (-5), caiu para 17.º depois da segunda ronda (-3) e terminou em 5.º (-9), empatado com os escoceses Craig Howie e Jack Broun.

O português de 24 anos somou 204 pancadas, 9 abaixo do Par, após voltas de 66, 73 e 65, sendo que a sua última ronda foi o segundo melhor resultado da derradeira jornada. Só o campeão, o inglês Callum Farr (-16), fez melhor com o seu cartão de 64. 

"Optei por não jogar o ‘’swing-3’ para ir a casa, ao Porto, para estar com o meu treinador (Miguel Valença) e repor alguns pormenores técnicos. Para além disso, torna-se cansativo estar tantos dias no Algarve em competição. Chegamos a um ponto em que ficamos saturados e acho que fiz bem em fazer esta pausa na competição, para voltar mais forte nos últimos torneios do circuito", disse a Record o antigo vencedor da Taça da FPG/BPI. 

Sem dúvida uma decisão acertada. Já tinha feito um top-5 no PT Tour na época transata, curiosamente também no Morgado Golf Resort (no 1.º Morgado Open, que abriu a época de 2024), e cotou-se esta semana como o melhor português da prova. 

Vasco Alves tinha averbado este ano dois 14.º lugares, quer no NAU Morgado Open (-4), quer no 1.º Palmares Open (+2). Para além disso, fora 22.º (Par) no 2.º Palmares Open e 39.º (+6) no 1.º NAU Álamos Open. 

Em 2024 tinha disputado a sua primeira época completa como golfista profissional e percebia-se que estava mesmo a precisar deste ‘reset’, desta reavaliação de processos, para poder regressar ao mais alto nível. Foi o que fez. 

"Foi um torneio muito bom. Nos três dias de prova, mesmo quando fiz +2 (no segundo dia), joguei de forma muito idêntica: estive bem do ‘tee’, e bem no ‘shot’ ao ‘green’. Em ‘greens’ difíceis como estes, com muitas inclinações, é muito complicado deixar a bola perto da bandeira e muito complicado também fazer dois putts ou chip e putt quando a bola fica longe. Acima de tudo, fui paciente e acreditei sempre na tática que defini previamente em cada dia. Estou muito contente com a minha postura em campo esta semana. A única diferença entre o primeiro e último dia para o segundo foi mesmo o ‘putt’ e o ‘chip’, que não estiveram tão bem", explicou o jogador que há menos de dois anos concluiu a licenciatura e o mestrado (integrados) em Engenharia Mecânica, na Universidade do Porto. 

A ideia de Vasco Alves consiste em terminar da melhor maneira o PT Tour de 2025 e depois "jogar alguns torneios do Pro Golf Tour".  "Ainda não sei quantos ao certo, pois não tenho categoria nesse circuito, e, principalmente, irei jogar oito torneios no Challenge Tour (agora HotelPlanner Tour), graças a convites atribuídos pela FPG", acrescentou. 

Houve mais dois portugueses no top-10 do 2.º Álamos Open: Hugo Camelo (voltas de 72, 66 e 69) e Tomás Bessa (rondas de 69, 68 e 70), empatados no 10.º lugar, com outros dois jogadores, com 207 pancadas, 6 abaixo do Par. 

O inglês Callum Farr conquistou o segundo título profissional da sua carreira em eventos internacionais, depois de ter sido campeão, em 2024, no torneio de Redditch do Clutch Pro Tour, um circuito britânico. 

O seu compatriota Sam Westwood – filho do antigo n.º1 mundial e campeão do Portugal Masters em 2009, Lee Westwood – liderou a prova após as duas primeiras voltas, e até partiu para o último dia com uma vantagem de 2 pancadas, mas aquelas 64 pancadas (-7) de Farr deram-lhe o título por 1 único shot, dadas as 67 (-4) de Westwood. 

Callum Farr totalizou 197 (68+65+64), -16, e recebeu um prémio de 2 mil euros. Sam Westwood agregou 198 (63+68+67), -15, ficando com 1.300 euros de ‘prize-money’. 

As classificações e os resultados dos jogadores portugueses foram os seguintes:

5.º (empatado) Vasco Alves, 204 (66+73+65), -9, €600
10.º (empatado) Hugo Camelo, 207 (72+66+69), -6, €375
10.º (empatado) Tomás Bessa, 207 (69+68+70), -6, €375
23.º (empatado) Daniel da Costa Rodrigues, 210 (72+69+69), -3
30.º (empatado) Pedro Lencart, 212 (71+71+70), -1
43.º (empatado) Alexandre Abreu, 218 (72+74+72), +5
74.º (empatado) Gonçalo Barbosa, 244 (86+79+79), +31
80.º (empatado) Elídio Costa, 255 (89+83+83), +42

De quinta-feira a Sábado desta semana, o PT Tour regressa ao Palmares Ocean Living & Golf Resort, em Lagos, onde terá lugar o derradeiro torneio do quarto ‘swing’, o 5.º Palmares Open, nos percursos Praia/Alvor, com 10 mil euros em prémios monetários.