Max Verstappen e Lando Norris não gostam da 'censura' que a FIA está a impôr nas comunicações de radio dos pilotose saíram em defesa da «emoção dos pilotos».
Atualmente, os palavrões já são «censurados» pelo FOM, grupo de empresas com os direitos comerciais da modalidade, e a transmissão tem um delay que permite filtrar e vetar determinadas expressões. «Eu sei, eu era um piloto (...) No calor do momento, quando estamos chateados porque outro piloto veio contra nós... Mas temos de ter cuidado com nossa conduta. Precisamos ser pessoas responsáveis», disse o presidente da FIA, Ben Sulayem, ao Motorsport, preocupado com os espectadores, comparou os pilotos aos cantores de Rap.
«Estamos a falar de quê? Se não queres ouvir a realidade das corridas, então talvez não devesses transmiti-las!», disse Max Verstappen antes de continuar: «Não somos crianças de cinco anos e estas, quando crescerem também vão dizer e ouvir palavrões. Acho que o mundo está a mudar. Mais vale não transmitir nada ou dar às pessoas a opção denão ouvirem. Isso ajudaria muito mais do que proibir os pilotos — ressaltou o tricampeão neerlandês. — Porque, por exemplo, não podia dizer a palavra com 'F', e nem é assim tão má... O carro não está a funcionar, o carro está fod..., e desculpem-me pela linguagem».
Lando Norris também não compreende. «São apenas pessoas no calor do momento, sob stress, sob pressão, a lutar, a ter grandes acidentes! É muito mais fácil para eles dizerem do que para nós fazermos, porque estamos na pista, a colocar os nossos corações e vidas em risco, estamos a dar tudo de nós. Os nossos batimentos cardíacos estão muito altos. Estamos apenas a colocar a nossa paixão e nosso amor no que estamos a fazer. É claro que haverá alguns palavrões do outro lado.»