Pedro Martins concedeu uma entrevista à Sky Sports, na qual falou de Ederson e de Raphinha, dois jogadores que orientou em Portugal. O primeiro no Rio Ave, o segundo no Vitória de Guimarães.

Depois de ter abordado a situação do guarda-redes, o técnico do Al Gharafa falou sobre o extremo. «Estava na equipa B e quando o vi disse: “Este vai ficar comigo”.»

Raphinha mudou-se para o Sporting, depois passou por Rennes, Leeds e, por fim, Barcelona. «Estou orgulhoso por ele estar agora num dos melhores clubes do mundo» afirmou o técnico, que recordou os tempos de Guimarães.

«Ele tinha um grande potencial e tínhamos a certeza de que poderíamos vendê-lo a um dos grandes clubes portugueses. Raphinha era diferente. Este tipo de jogadores, mudam totalmente o jogo porque fazem as coisas de forma diferente. Por vezes, podem criar caos no jogo. A minha dúvida era se ele melhoraria e desenvolveria o seu jogo coletivo ou continuaria a ser este jogador anárquico», frisou.

A ida para França «foi muito boa para a sua compreensão do jogo» e Pedro Martins considera que «agora no Barcelona, ​​é preciso adaptar-se à filosofia» do clube. «Porque quem não se adaptar, não pode jogar lá. Ele adaptou-se e eu creio que ele está mais maduro e a jogar para a equipa», acrescentou.

Martins garante que «o seu compromisso foi incrível» e completou: «O tempo todo, estava a lutar para ganhar bolas, e não apenas à espera, mostrando realmente solidariedade com os outros jogadores. Ele tem um grande coração. O jogo dele será sempre anárquico, mas precisas dessa anarquia numa equipa. Este tipo de fogo não se pode apagar. É melhor jogar um pouco mais para a equipa, mas não podemos tirar isto deles.»