O início de temporada do FC Porto tem sido conturbado, sendo que tal aspeto está muito relacionado com a má prestação defensiva da equipa. A médio de 2,5 golos marcados por jogo dá garantias de produção ofensiva, mas, por outro lado, os dragões não sofriam tantos golos nos primeiros 18 jogos da época há 26 anos.

A prestação dos azuis e brancos dentro de portas tem sido aceitável e, até à pesada derrota no Estádio da Luz, a equipa apenas havia sofrido por quatro vezes no campeonato.

Os principais indicadores de preocupação surgem nos jogos de grau de dificuldade mais elevada. Juntando apenas os três clássicos (Supertaça incluída) e os quatro jogos da Liga Europa, o FC Porto encaixou 17 dos 19 golos sofridos. Estes números contrastam com as cleansheets conseguidas, que já foram dez.

Segundo números do nosso Playmaker, desde 1998/99 que os dragões não sofriam tantos golos nos primeiros 18 jogos da temporada. Na altura - com Fernando Santos -, foram 20 os golos sofridos, entre Supertaça (ainda a duas mãos), Campeonato e Taça dos Campeões Europeus.

À data, os dragões tinham quatro derrotas e quatro empates - números mais preocupantes do que os atuais - e viviam um problema na baliza. Depois da saída de Vítor Baía, no final de 1995/96, não houve um verdadeiro dono da redes azuis e brancas.

Hilário, Andrzej Wozniak, Silvino, Rui Correia, Lars Eriksson e Ivica Kralj por lá passaram, mas Baía apenas conseguiu ser substituído à altura por... ele próprio - quando voltou em janeiro de 1999 para vencer o penta.

Conseguirá o FC Porto ultrapassar as adversidades, tal como há 26 anos?