«Por favor, antes de quaisquer decisões, de qualquer forma de negociações, venha ver as pessoas, os civis, os combatentes, os hospitais, as ingrejas, as crianças destruídas ou mortas.» Foi desta forma, numa entrevista ao programa 60 Minutos, da CBS, que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, convidou Donald Trump a visitar o país.

O apelo é uma forma de pressionar o presidente dos Estados Unidos a não embarcar na propaganda russa, como Zelensky acredita estar a acontecer.

«Putin nunca quis parar a guerra, nunca quis que fôssemos independentes, quer destruir-nos totalmente. E o ponto de vista russo é predominante nos Estados Unidos», lamentou o líder da Ucrânia, que Trump acusou recentemente de ser um «ditador».

A entrevista à CBS foi gravada antes do ataque russo a Sumy, no domingo, que segundo o último balanço das autoridades ucranianas matou 34 pessoas e deixou 117 feridas.

Trump classificou esse ataque como «terrível» mas acrescentou ter sido informado «que foi um erro». A Rússia alega que só ataca alvos militares ou relacionados. Keith Kellogg, enviado-especial de Trump para a Ucrânia, considerou que o bombardeamento a Sumy ultrapassou «qualquer linha de decência». A restante comunidade internacional foi unânime na condenação, com Friedrich Merz, chanceler-eleito da Alemanha, a acusar a Rússia de crime de guerra.