
A Assembleia Geral Ordinária de Acionistas do CaixaBank aprovou a distribuição de um dividendo final de 0,2864 euros por ação imputado aos resultados de 2024, a pagar a 24 de abril de 2025. Este segundo pagamento, juntamente com o dividendo intercalar de 0,1488 euros brutos por ação pago em novembro passado, eleva a remuneração do acionista em dinheiro para 2024 a 0,4352 euros brutos por ação. Isto representa um aumento do dividendo anual bruto por ação de 11% em comparação com o dividendo bruto do ano anterior de 0,3919 euros por ação, informa o banco espanhol nesta sexta-feira.
Assim, o montante afetado aos dividendos imputados aos resultados de 2024 ascende a 3 096 milhões de euros, o que representa um payout de 53,5%, dentro do intervalo definido no Plano de Dividendos de distribuição em dinheiro entre 50% e 60% do resultado líquido consolidado.
Se a isto se juntarem as recompras executadas ou anunciadas e já deduzidas no capital de 2024 (num total de quatro, no valor de 500 milhões de euros cada), a distribuição total aos acionistas no exercício ascende a cerca de 5.100 milhões de euros.
Parte desta remuneração reverte diretamente para a empresa, quer através dos projetos assistenciais da Fundação “la Caixa”, quer através da FROB. Além disso, a entidade conta com 555.620 acionistas (final do ano de 2024), a grande maioria dos quais são pequenos acionistas, explica o banco em comunicado.
Tomás Muniesa, na sua primeira intervenção perante a Assembleia Geral de Acionistas como presidente do CaixaBank, destacou o privilégio de assumir o comando de um banco “que é o resultado da soma de entidades muito importantes na história do nosso sistema financeiro”. Enalteceu ainda o seu compromisso com o legado da instituição, bem como “com a visão de futuro que queremos construir em conjunto”.
“O CaixaBank não é apenas mais uma instituição. É uma instituição com raízes centenárias, com mais de 120 anos de história a responder às necessidades da sociedade. Temos valores fundadores únicos e uma trajetória de transformação ímpar”, afirmou na sua intervenção.
O presidente acrescentou que o CaixaBank tem sido um ator fundamental perante os desafios históricos: “Sempre cumprimos os nossos compromissos com a sociedade. Nunca deixámos de acompanhar os nossos clientes”. Este papel decisivo continua, refere o banco, na qualidade de uma das principais empresas espanholas, com uma contribuição para a economia de 1,18% do PIB e uma contribuição para o emprego com mais de 46 mil trabalhadores no grupo.
A Assembleia Geral de Acionistas do CaixaBank aprovou todas as deliberações submetidas a votação, entre as quais a nomeação de Rosa María García Piñeiro, Luis Álvarez Satorre e Bernardo Sánchez Incera como novos administradores independentes, bem como a nomeação de Pablo Forero Calderón como outro administrador externo e de José María Méndez Álvarez-Cedrón como administrador dominical por proposta da Fundação “la Caixa”; e a reeleição dos atuais administradores Koro Usarraga Unsain (administrador independente), Fernando Maria Costa Duarte Ulrich (outro administrador externo) e Teresa Santero Quintillá (administradora dominical sob proposta do FROB e do BFA).