
"A China, movida por um espírito humanitário, prestou ajuda aos Estados Unidos em várias ocasiões. Os Estados Unidos não devem responder com ingratidão e muito menos com a imposição de taxas injustificadas", afirmou Wang Yi, em conferência de imprensa, à margem da sessão plenária da Assembleia Popular Nacional (APN), o órgão máximo legislativo da China.
"Existem cerca de 190 países no mundo", acrescentou. "Imaginem se cada país se concentrasse nas suas próprias prioridades e acreditasse na [sua] força e no [seu] estatuto apenas, o mundo cairia na lei da selva", apontou.
Lembrando que a cooperação traz "benefícios mútuos", o chefe da diplomacia chinesa advertiu que se a "pressão continuar, a China responderá com firmeza".
Wang Yi também apelou a negociações para acabar com a guerra na Ucrânia, invadida pelas forças russas a 24 de fevereiro de 2022, argumentando que "não há vencedor num conflito e não há perdedor numa negociação".
"A mesa de negociações é, ao mesmo tempo, o fim do conflito e o ponto de partida para a paz", declarou o diplomata.
O chefe da diplomacia chinesa apelou também às "grandes potências" para que "promovam um cessar-fogo total e duradouro em Gaza e aumentem a ajuda humanitária" no território costeiro, onde está em vigor uma trégua entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.
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