O Commerzbank quer abolir a sua conta à ordem gratuita. O anúncio foi feito aquando da apresentação da nova estratégia do banco alemão, nesta quinta-feira, em Frankfurt.
Segundo o jornal alemão Handelsblatt, a CEO Bettina Orlopp disse que o Commerzbank só poderá oferecer uma conta gratuita se esta for usada totalmente de forma digital. “Em todos os outros casos, vamos adaptar os modelos das contas”, referiu.
Até agora, a conta do Commerzbank era gratuita para depósitos mensais de 700 euros ou mais. No futuro, a versão mais barata da conta na instituição custará 4,90 euros por mês.
O Commerzbank planeia introduzir a nova estrutura de taxas a partir de 1º de maio, acrescentou um porta-voz do instituto quando questionado, refere o jornal alemão.
O banco não quis revelar quantos clientes serão afetados pelas novas condições. As contas gratuitas disponíveis para crianças em idade escolar e estudantes não serão afetadas pelas mudanças, referiu, porém, Bettina Orlopp.
O banco anunciou também o corte de 3900 postos de trabalho até 2028, devendo a sua força de trabalho estabilizar nos 36700 a nível mundial. “Os ganhos de eficiência decorrentes da digitalização, bem como a maior utilização de localizações internacionais, serão acompanhados por novas reduções de postos de trabalho”, referiu em comunicado.
Recorde-se que o Commerzbank encontra-se a combater uma possível fusão com o UniCredit, após o banco italiano ter aumentado a sua posição na instituição alemã para 28% no ano passado, tendo reforçado que o objetivo é 29,9%.
Nesta quinta-feira, o banco alemão reportou um lucro de 2,68 mil milhões de euros em 2024, representando uma subida de 20,3% face ao ano anterior.