Em comunicado, a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) detalha que as exportações para a União Europeia registaram um crescimento maior em termos percentuais, tendo aumentado 15,17% nos primeiros nove meses do ano, para 4.044 milhões de euros, e 14,27% no mês de setembro.
Já as exportações para países extra União Europeia tiveram um "desempenho mais estável", com uma "ligeira queda" em setembro, mas com um aumento acumulado de 1,04% desde janeiro, para 1.925 milhões de euros.
Na análise feita aos dados do INE, a FIPA nota ainda "uma tendência de redução do défice da balança comercial da indústria alimentar e das bebidas", que recuou 7,96% no acumulado de janeiro a setembro.
Segundo refere, a redução do défice em relação aos países da União Europeia e a transações fora dos 27 Estados-membros também é positiva, tendo o défice com a UE registado uma melhoria de 7,51%, enquanto o défice com países fora da União recuou para 6%.
"Os dados do INE demonstram um crescimento consistente nas exportações, refletindo o dinamismo do setor da indústria alimentar e das bebidas e indicam que a economia nacional se tem mostrado mais competitiva, o que é um sinal positivo para os próximos tempos", afirma o presidente da FIPA, citado no comunicado.
De acordo com Jorge Henriques, "relevam ainda que as empresas têm conseguido contornar fatores adversos e de imprevisibilidade, como os relacionados com a situação geopolítica e a cadeia de distribuição".
"Tudo indica que o setor deverá continuar a evoluir em direção à sustentabilidade, inovação e adaptação às novas exigências do consumidor, o que poderá gerar oportunidades significativas para as empresas que se ajustem a estas tendências", salienta.
Segundo destaca a associação, a indústria alimentar e das bebidas "é a indústria transformadora que mais contribui para a economia nacional, tanto em volume de negócios (22.400 milhões de euros) como em Valor Acrescentado Bruto (3.800 milhões de euros)".
Destaca-se ainda como "a indústria transformadora que mais emprego gera", sendo responsável por mais de 112.000 postos de trabalho diretos e cerca de 500.000 mil indiretos, e "assume uma grande importância no desenvolvimento do tecido empresarial -- nomeadamente nas zonas do interior onde o setor situa as suas unidades industriais -- e na afirmação do potencial de evolução da autossuficiência alimentar do país".
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