A petrolífera italiana Eni anunciou nesta Quarta-feira ter feito o centésimo carregamento de Gás Natural Liquefeito (GNL) produzido pela plataforma Coral Sul FLNG, em águas ultraprofundas ao largo de Moçambique, desde Novembro de 2022.

Em comunicado, a Eni, enquanto operadora da área 4, na bacia do Rovuma, norte do país, refere que “este marco reforça o compromisso” de “gerar valor de longo prazo para Moçambique”, e “assegurando que os recursos desenvolvidos se traduzam em benefícios concretos” para o país.

“O projecto Coral Sul reflecte o compromisso da área 4 com o conteúdo local e o desenvolvimento de capacidades através de programas contínuos de formação e desenvolvimento da força de trabalho”, sublinha, explicando que o mesmo já gerou 1.400 postos de trabalho direitos e indirectos, além de ter investido 33 milhões de dólares na formação de quadros e adjudicado contratos de 800 milhões de dólares, “fortalecendo a cadeia de fornecimentos a nível local”.

Acrescenta que a Coral Sul FLNG (unidade flutuante de processamento, armazenamento e descarga de gás natural liquefeito) “posicionou Moçambique como um actor-chave no mercado global de GNL, desde o seu primeiro carregamento em novembro de 2022, contribuindo significativamente para o desenvolvimento económico e industrial do país”.

A área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV) – consórcio detido pela Eni, ExxonMobil e China National Petroleum Corporation (CNPC) -, que tem uma participação de 70% no Contrato de Concessão para Pesquisa e Produção da Área 4.

A Coral Sul FLNG, a primeira instalação flutuante do género instalada no continente africano, com uma capacidade de liquefação de gás de 3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa) e prevê colocar em produção 450 mil milhões de metros cúbicos de gás daquele reservatório, localizado na Bacia do Rovuma, em águas ultraprofundas.

Entretanto, segundo a Lusa, o Governo moçambicano aprovou na Terça-feira o investimento de 6.600 milhões de euros para o projecto de GNL Coral Norte, segunda plataforma do género para aquela aérea, com previsão de produção de 3,5 milhões de mtpa e arranque em 2028.