
O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, enfatizou esta semana a importância de consolidar as relações do país com a Europa e a diáspora para garantir estabilidade económica e segurança, destacando o papel do Atlântico médio como eixo geopolítico fundamental.
“A nossa localização é a necessidade de um país pequeno ter âncoras, quer para a economia, quer para a segurança. Por isso, definimos desde cedo que o centro do nosso interesse, enquanto país, está no Atlântico médio, nesse triângulo entre as Américas, a África e a Europa”, afirmou o chefe do Governo.
Correia e Silva falava na cidade da Praia, na abertura de uma conferência sobre globalização e segurança, onde também destacou que Cabo Verde tem uma história, identidade e relações económicas sólidas com a Europa, incluindo investimentos, turismo e parcerias para o desenvolvimento.
“A diáspora é um fator importante para as nossas opções, estando essencialmente localizada nos Estados Unidos, Europa e África”, afirmou, acrescentando que, com base nessas relações, Cabo Verde deve continuar a defender a democracia e aprofundar sua posição internacional.
O primeiro-ministro também referiu que o país é reconhecido pela sua boa governança, credibilidade e previsibilidade nas relações com os seus parceiros, e exemplificou com a parceria especial com a União Europeia e a integração na Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, ao lado de países como Angola, Brasil e Argentina.
Além disso, segundo a Lusa, mencionou a sede da coordenação marítima da zona G, que visa combater a criminalidade marítima e promover o comércio entre os países da região.