O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, reconheceu os desafios que o país ainda enfrenta relativos ao desenvolvimento após 50 anos de independência, mas criticou os que questionam os ganhos alcançados em cinco décadas.

Durante um comício no distrito de Mutarara, na província central de Tete, onde efectua uma visita de trabalho, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, disse que durante os 50 anos de independência houve muitas realizações e há pessoas que aparecem a dizerem que, durante estes 50 anos, não se fez nada. “Não é verdade. Ainda falta muita coisa para fazer, mas também já se fez muita coisa”.

Na sua intervenção, Daniel Chapo apontou avanços no sector da saúde, indicando o aumento do número de médicos especialistas de diferentes áreas, e também a expansão da rede eléctrica, assegurando o fornecimento da energia em todos os distritos do país.

O chefe do Estado moçambicano também referiu a “expansão” da rede de ensino superior, com mais de 50 universidades actualmente no país, e o “crescimento” da rede de estradas.

“Quando ficámos independentes, 97% da população não sabia ler e nem escrever do Rovuma ao Maputo, hoje a maioria do povo sabe ler e escrever. E os mais novos precisam de perceber que não é verdade quando aparece alguém a dizer que em 50 anos não se fez nada (…)”, declarou o Presidente moçambicano.

Na mesma intervenção, diz a Lusa, o chefe de Estado voltou a pedir o fim “das destruições em Moçambique”, insistindo que o país é “livre e democrático” e que ninguém deve ser obrigado a ser membro de qualquer formação partidária.