"Esse importante empreendimento industrial vai produzir a farinha de peixe, vai produzir óleo de peixe, vai criar valor e assim vamos poder exportar os nossos produtos com valor acrescentado", afirmou Sissoco Embalo.

A fábrica foi construída de raiz pela empresa chinesa Louis Marine Food, que projeta uma produção equivalente a 10 milhões de dólares (cerca de 8,87 milhões de euros) por ano de farinha, óleo de peixe, num projeto que inclui ainda um estaleiro de reparação e construção de embarcações.

O Presidente guineense observou ainda que a fábrica chinesa vai empregar "muitos jovens" da vila de Suru, proporcionar ligações entre as ilhas e dinamizar a economia da zona insular da Guiné-Bissau.

Para Sissoco Embalo, tudo isso "é a demonstração da determinação" das autoridades do país em "fazer um percurso extraordinário" também com base no mar, um recurso que, disse, era negligenciado.

"No passado a Guiné-Bissau não foi capaz de valorizar o mar um dos mais importantes ativos estratégicos que tem", defendeu Embalo que conta com a China para "dar um passo histórico" na parceria delineada por si e pelo Presidente chinês, Xi Jinping.

O diretor da Louis Marine Food, Chen Caigen, explicou que decidiu investir na Guiné-Bissau por ser "um país de uma beleza impressionante, abençoada com paisagens naturais únicas, com um povo que se distingue pela simplicidade, cordialidade e hospitalidade".

o empresário chinês deixou ainda elogios à liderança de Umaro Sissoco Embalo, dizendo que com ele "a Guiné-Bissau enveredou por um caminho de maior abertura e prosperidade, adotando políticas inclusivas que são propícias ao investimento e ao desafio de desenvolvimento de negócios estrangeiros".

Chen Caigen indicou que montou a fábrica na Guiné-Bissau depois de uma no Senegal e avançou que numa segunda fase do seu investimento vai construir uma unidade de conservação de produtos do mar projetando um valor de produção de 30 milhões de dólares por ano (cerca de 26,6 milhões de euros).

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