Luís Montenegro sublinhou “as incertezas que estão no horizonte”, na Alemanha e em França, admitindo numa conferência do jornal online ECO que podem “condicionar o futuro próximo” de Portugal — pela instabilidade política e financeira que atravessam os dois países.
Recusando “lamuriar-se”, o primeiro-ministro apontou como objetivo do Governo fazer com que o país aproveite as debilidades nos outros países para se impor economicamente. “Do ponto de vista do nosso interesse nacional, podemos assumir-nos na Europa, e a partir da Europa também no mundo, como um destino seguro de investimento e de aproveitamento do capital humano e empresarial, para podermos ser mais produtivos, eficientes na criação de riqueza e, com isso, colocar em marcha o nosso objetivo de crescimento e dar durabilidade à nossa trajetória [económica]”, disse Montenegro, citado no site do jornal económico.
No discurso, o chefe de Governo insistiu no tema da segurança, que o levou a fazer uma conferência de imprensa à hora dos telejornais, muito criticada pela oposição: “É preciso travar o aumento da criminalidade. Vejam a Suécia, Holanda ou Bélgica”, disse, explicando que a segurança será um “aspeto crucial para a vida económica e para a captação de investimento” para o país.
“Somos mesmo um dos países mais seguros do mundo. Tenho mesmo muita convicção no que digo: somos objetivamente um dos países mais seguros do mundo”, insistiu, repetindo que “os portugueses exigem que isto não seja apenas uma proclamação, e que depois nos podemos sentar à espera da sua manutenção eterna”. “É preciso obviamente travar qualquer fenómeno de aumento de criminalidade que possa pôr em causa este valor em si. Porque há países que há alguns anos eram tão seguros como nós e hoje não são.