O primeiro-ministro, o conservador Kyriakos Mitsotakis, disse ao anunciar hoje a medida que está consciente de que este aumento não resolve o problema dos baixos salários que a Grécia tem em comparação com a maioria dos países da União Europeia (UE), mas defendeu que "oferece um alívio significativo".

Esta é a terceira vez que o Governo conservador aumenta o salário mínimo desde que chegou ao poder, em 2019.

"Desde então, quase três salários adicionais foram adicionados anualmente aos rendimentos de aproximadamente 600.000 trabalhadores", disse Mitsotakis.

Durante a longa crise financeira do país, o salário mínimo foi reduzido em 22% a pedido do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 586 euros brutos.

O Governo tinha planeado anunciar este novo aumento desde antes da tragédia ferroviária que matou 57 pessoas em 28 de fevereiro, o que provocou protestos antigovernamentais maciços e uma queda nas intenções de voto para a Nova Democracia, o partido de Mitsotakis.

A Grécia vai realizar eleições esta primavera, provavelmente em 21 de maio.

Segundo Mitsotakis, o novo salário "está no limite superior das capacidades" da economia grega, que continua a crescer a par da queda do desemprego.

O Produto Interno Bruto (PIB) grego cresceu 5,9% no ano passado, de acordo com o gabinete de estatística do país, acima da média da UE de 3,5%.

O desemprego, que durante a crise atingiu 27,9% da população, situou-se em 11,4% em janeiro passado.

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