
O setor não financeiro viu o seu endividamento subir 1,2 mil milhões de euros em fevereiro, totalizando 820,5 mil milhões. O setor privado é responsável por 457,4 mil milhões do total e o setor público por 363,1 mil milhões, segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).
O setor privado foi o grande responsável pelo aumento do endividamento, com um total de 1,1 mil milhões de euros. Destes, 800 milhões dizem respeito aos particulares, maioritariamente por via do crédito à habitação juntos dos bancos. Já as empresas endividaram-se em 300 milhões. Apesar da redução de dívida em 500 milhões com o exterior, os empresários aumentaram as suas obrigações com o setor financeiro em 800 milhões.
Do lado do setor público, este manteve-se praticamente inalterado. Houve um aumento do endividamento junto do exterior, em 2,5 mil milhões, devido à aquisição de títulos de dívida pública por não residentes. Também os particulares residentes compraram 500 milhões em Certificados de Aforro, subindo a dívida do Estado no mesmo valor. Por outro lado, houve uma queda de 3 mil milhões da dívida pública, devendo-se principalmente à diminuição das responsabilidades em depósitos do Tesouro, justifica o banco central.
Em termos de variação anual, o BdP revela que o endividamento das empresas privadas aumentou 0,5% face ao período homólogo. Olhando para janeiro, esta variação tinha sido de 0,7%. Já os particulares endividaram-se em mais 4,5%, quando comparado com o ano anterior. Este valor é superior ao registado em janeiro, de 4%. Esta variação do endividamento dos particulares sobe há 15 meses consecutivos.