Em comunicado, a fabricante alemã indica que "devido à crise económica na indústria automóvel", não consegue "satisfazer a exigência do sindicato de um aumento salarial de 7%".

"Em vez disso, a empresa acredita que a redução dos salários em 10% daria à Volkswagen AG os meios para fazer investimentos futuros, de modo a manter-se competitiva e, assim, salvaguardar os postos de trabalho", lê-se na nota de imprensa.

Arne Meiswinkel, que integra o Conselho de Administração do grupo Volkswagen e é responsável pela área dos recursos humanos, assinala que "as operações bem-sucedidas são um pré-requisito para a segurança no emprego" e que esse "é o objetivo do grupo".

"Portanto, uma das coisas que precisamos de fazer é reduzir os custos laborais [...] para um nível competitivo em relação ao 'benchmark' da indústria", afirmou, citado na nota de imprensa.

O administrador financeiro (Chief Financial Officer, CFO) da empresa, Arno Antlitz, já tinha confirmado hoje, em conferência de imprensa por ocasião da apresentação dos resultados financeiros, que o grupo estava a considerar cortes "severos" e que iria tomar "decisões difíceis e dolorosas" na Alemanha.

A Volkswagen anunciou hoje que teve um lucro de 7.590 milhões de euros até setembro, menos 33,1% face ao período homólogo, devido à queda das vendas na China.

A empresa afirma ainda que os resultados financeiros foram afetados pelos custos fixos mais elevados e por provisões para realizar uma reestruturação, numa altura em que considera "urgentemente necessário" reduzir os custos "de forma significativa".

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