Kanye West voltou ao X, poucos dias após ter apagado a sua conta naquela rede social.

Esta segunda-feira, o músico voltou ao discurso antissemita, lamentando que ninguém queira produzir a t-shirt com uma cruz suástica que colocou recentemente à venda.

“Tive a ideia para esta t-shirt há oito anos. Intriga-me que um símbolo tenha uma programação tão grande”, escreveu. “Lembro-me de ir ao Japão e abrir a boca de espanto ao ver uma suástica estampada em roupa. Senti que olhar sequer para aquilo era algo de ilegal. Depois descobri que a suástica tem muitos significados e nomes diferentes”. Kanye estará a referir-se à cruz suástica usada no budismo, que tem uma estética distinta daquela que acabou disseminada pelo regime nazi.

Kanye acrescentou que as suas publicações anteriores, em que disse “adorar” Adolf Hitler, eram “90% à prova de judeus”. “Alguns judeus juntaram-se e fizeram tudo para me destruir”, disse. “Tentei recorrer a toda as ideias ‘canceláveis’ possíveis”.

“Ninguém foi capaz de me parar, extorquir, ameaçar. Fiz 40 milhões [de dólares] no dia seguinte [às suas publicações]. Provei que os judeus já não me controlam”.

O músico admitiu, no entanto, que essas publicações o levaram a perder alguns colaboradores. “Perdi um dos meus designers favoritos na Yeezy [a sua marca de roupa], que fez o vestido dos Grammys. Perdi o Malcolm, o nosso estilista-chefe. Talvez um dia compreendam porque fiz o que fiz e perdoem o meu método”.

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