“Pensei que ia gravar voz para uma maquete do Charles Aznavour... ‘Não sei se percebeste, mas é um dueto’”. Mayra Andrade no Posto Emissor

“Gravar cara a cara numa cabine, a olhar um para o outro, como se fazia antigamente, foi uma experiência muito especial. Um ano depois, quando lancei o disco [de estreia], ele veio ao concerto de apresentação”. Mayra Andrade recorda, no Posto Emissor, o momento em que o ícone da música francesa Charles Aznavour a convidou para um dueto

Rita Carmo

Mayra Andrade recordou, no Posto Emissor, o dueto ‘Je Danse Avec l’Amour' que gravou com o ícone da música francesa Charles Aznavour, ainda antes de editar “Navega”, o seu álbum de estreia, em 2006. “Era amiga da Katia, filha dele, que me ligou e disse que ele gostava que eu fosse ao estúdio. Desliguei e pensei ‘vou conhecê-lo, vou gravar voz para uma maquete’. Ela voltou a ligar-me e disse: ‘não sei se percebeste, mas é para gravar um dueto com o meu pai’”.

“Gravar cara a cara numa cabine, a olhar um para o outro, como se fazia antigamente, foi uma experiência muito especial”, acrescenta a cantora cabo-verdiana sobre o momento em que se cruzou em estúdio com o músico, falecido em 2018, "quando eu lancei o disco [de estreia], um ano depois, ele veio ao concerto de apresentação. Penso nele e sinto um apreço e um carinho muito especial”.

A 11 de outubro, Mayra Andrade edita o seu novo álbum ao vivo, “reEncanto”, gravado na Union Chapel, em Londres. O disco capta canções como ‘Navega’ ou ‘Afeto’ em registo íntimo, voz e violão.