Depois da morte da mãe, no início do ano, Ana Arrebetinha vive agora dias difíceis, com a chegada do Natal. A humorista, que há uns anos também já tinha perdido o pai, assume que não deverá ter consoada, já que a casa do Alentejo, onde viviam, está "fechada e vazia".

"Passei todos os natais com o meu pai e com a minha mãe, não houve um Natal em que eu não estivesse lá. Hoje, a esta hora, já lhe tinha feito o lume, já eu estava a cozinhar, todos os anos eu tentava que o Natal fosse Natal após a partida do meu pai! Todos!", começou por escrever, numa partilha feita no Instagram.

"Não sei como ter um Natal. Agora, não sei como se faz. Este ano já não vou acender o lume, já não vou receber a chamada, já não vou levar os bichinhos bons", continuou.

Ana Arrebentinha: "Quando disse à minha mãe que estava com uma mulher, ela encarou aquilo de uma forma normal"


"Hoje a casa do Alentejo está fechada, sem cheiro a Natal! Está vazia!", lamentou de seguida a comunicadora, antes de recordar, no texto, alguns dos episódios vividos com os progenitores, que caracterizavam esta época.

"Recordo-me do meu pai e da minha mãe a cozinharem, do pinheiro que tinha ido buscar com a minha avó, das bolas de chocolate que o meu pai comia e deixava o papel cuidadosamente para que não reparássemos que não havia chocolate. Recordo-me do lume que aquecia de tal maneira a casa que tínhamos de arregaçar as mangas porque estava calor. (...) Lembro-me dos aventais cheio de nódoas, lembro-me dos meus tios, tias e os meus primos a chegarem com mais comida…".

"Hoje os aventais não têm nódoas, o lume está apagado, os meus tios em casa, os tachos estão arrumados…. Não há cheiros, não há o calor das brasas, nem o cheiro a enchidos. Um dia será Natal! Um dia estarei a fazer o Natal naquela casa com o avental cheio de nódoas a fazer tudo o que vi, vivi e senti! Um dia será Natal", pediu, por fim.