Como se não bastasse para Raquel Madeira ter acabado de perder a filha, Claudisabel, na fatídica noite de 19 de dezembro de 2022 num gravíssimo acidente de viação, eis que mais um tormento chegou imediatamente à sua vida. Pouco tempo depois, viu-se internada num Centro de Saúde Mental.
Depois de recordar, junto de Júlia Pinheiro, nesta tarde de quinta-feira, 9 de janeiro, a tragédia que 'roubou' a vida da cantora, Raquel Moreira partilhou no programa das tardes da SIC que naquela noite paralisou três vezes e chegou mesmo a ter de ser reanimada.
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Assim que estabilizou, a mãe de Claudisabel foi levada para o Hospital de Portimão e supostamente ia ser destacada para o Hospital de Faro, mas, na verdade, o destino foi outro. Raquel Madeira foi informada que teria de ser "avaliada" e foi, desta forma, que entrou no Centro de Saúde Mental.
"Internaram-me, despiram-me, puseram-me uma fralda enorme e ataram-me com umas correias com um cadeado e tudo a uma cama. Absolutamente que não [era necessário]", partilhou, de lágrimas nos olhos, tremendamente comovida com o que, na altura, lhe acontecera.
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A mãe da artista chegou até a revelar uma conversa que teve com um psiquiatra. "Ele disse 'se eu não estivesse de fim de semana isto não teria acontecido. Porque eu entrei ao serviço, soube do caso, fui ter com o meu colega que ainda estava em funções e disse 'o que é que faz aqui esta senhora? Isto é uma senhora sofrida, não é uma senhora ensandecida'", recordou.
Mas a verdade é que Raquel Madeira foi obrigada a permanecer no local durante certa de três dias e depois de ter sido "maltratada", como descreve, somente na véspera do funeral de Claudisabel é que lhe foi permitido sair do Centro de Saúde Mental.
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"Queria ir para casa. Quero esquecer aquilo... Eu quis sair de lá de tal maneira que me ligaram na semana passada a dizer que ainda estão lá pertences meus. Não quero ir lá sozinha [e] não conto tudo", deixou, por fim, em aberto, na partilha que fez no programa das tardes da estação de Paço de Arcos.