João Patrício, de 49 anos, não teve uma família muito tradicional. Após o divórcio da sua mãe, teve de se mudar de Torres Novas para Lisboa, com apenas um ano e meio. A mãe, com quem tinha uma boa relação, acabou por morrer muito cedo, algo que deixou uma grande marca no apresentador, que começou atrás das câmaras, como realizador.

Numa entrevista para a revista ‘Cristina’, o comunicador afirmou: “Não tenho memória do meu pai biológico”. “Não consigo definir o meu pai, até me faz confusão dizer o nome dele, porque o meu pai é o Gabriel. A referência que tenho de pai é ele, porque ele nunca fez distinção. Refiro-me ao Gabriel como ‘pai’, porque foi essa a importância que teve na minha vida. É assim que o trato e é assim que o sinto“, revela o apresentador de ‘A Sentença’, da TVI.

João Patrício afirma que nunca sentiu que Gabriel não era o seu pai biológico: “Nunca, em nenhum momento, mas em nenhum momento mesmo. Nunca me tratou de forma diferente. Até pode parecer estranho isto que vou dizer: tenho a certeza de que ele não gosta mais do Manel do que gosta de mim e do Nuno. Para nós é um assunto muito bem resolvido” e realça: “Sou jornalista porque ele também o é (agora reformado). Tenho a certeza de que esta minha paixão pela comunicação vem dele.”

“Sinto falta dela nas angústias”

A morte da mãe é um assunto sensível para o apresentador, que admite: “Ainda hoje, não há dia nenhum que não me lembre dela por uma razão qualquer. Não sinto falta dela para partilhar as conquistas, isto é rigorosamente verdade, sinto falta dela nas angústias, percebes? É aquela coisa: ‘Viste, mãe, o que aconteceu?!’ Não é o bom, quero partilhar aquilo que me angustia”.

João Patrício afirma que muitas vezes acende uma vela para a mãe: É uma rotina. Tenho a fotografia dela na entrada, e sempre que sinto que há qualquer coisa, uma angústia que eu quero limpar, acendo uma vela junto da fotografia dela. Dá-me conforto, sabe-me bem“.

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Já no fim da entrevista, o apresentador declara: “A minha mãe foi uma mãe absolutamente extraordinária. Teve uma força inacreditável. Fez uma pós-graduação com 40 e tal anos, quase 50. Foi sempre uma batalhadora, mas com uma capacidade de nos apresentar ternura. Fazia questão de partilhar connosco, os filhos, aquilo que a comovia. (…) Muitas pessoas dizem que, dos três, serei o mais parecido fisicamente, é inegável. Sou mesmo muito parecido com a minha mãe. Era uma pessoa extraordinária“, rematou.

A Sentença

Texto: Redação VIP; Fotos: Impala