Ricardo de Sá apanhou um 'valente' susto no passado dia 16 de novembro e que fez com que tivesse de levar cinco pontos no nariz. É que o ator foi agredido violentamente durante uma tentativa de carjacking, em Odivelas.
Em conversa com Júlia Pinheiro no programa 'Júlia', da SIC, Ricardo recordou a agressão: "Tenho uma cicatriz que levo para a vida, mas tenho de pensar de forma leve e de forma cómica. Tentar transformar algo negativo em algo positivo, pensar na sorte que tive, podia ter sido pior", afirmou.
Por volta das 19 horas, o ator decidiu parar numa lavagem automática para lavar o carro. "Até este dia" nunca se tinha sentido inseguro. "Mal meto a moeda, sinto uma presença, olho para trás e levo uma cacetada com um objeto de ferro. Mais tarde, vim a perceber que era aquilo para lavar as jantes do carro. Fiquei muito confuso, sem saber o que estava a acontecer", recordou. "Não caí ao chão. Mal levei a cacetada, senti logo que tinha aberto o nariz. Pus a mão à cara, vi que tinha sangue e foi tudo muito rápido", acrescentou.
Ricardo de Sá explicou como um objeto dado, recentemente, pela avó paterna poderá ter tido um papel fundamental na forma como tudo se desenrolou: "Nesse impacto, o anel que era do meu avô paterno, e que tem bastante significado, saiu-me do dedo. A minha preocupação era 'tenho de apanhar o anel'. Passado quase três semanas, senti que foi isso que me salvou. Porquê? Mal levei a pancada, senti o anel sair-me do dedo e baixei-me. Ao baixar-me, o agressor pensou que eu tinha, efetivamente, ido para o chão", explicou, referindo que "era só uma pessoa".
Ricardo de Sá ouviu a cadela a ser atropelada: “Mal chego ao prédio vejo sangue à porta”
O ator, que conseguiu apanhar o anel, viu que o agressor estava a tentar entrar no carro, mas sem sucesso. "Percebi o que estava a acontecer, ergui-me. A pessoa quando viu que eu estava de pé, tentou agredir-me outra vez, tentou tirar a chave do carro, [e eu] defendi-me. Depois a pessoa fugiu", contou.
"Eu sempre a sangrar muito. Entrei no carro, vi se havia alguém à volta, a estação de serviço estava deserta, acho que só tinha o funcionário lá dentro. A minha preocupação era mesmo como eu ia fazer a peça", disse, acrescentando que ia subir a palco dali a uma hora e meia para apresentar a peça 'A Noite'. Foi então que conduziu até ao teatro, ligou ao seu substituto e seguiu para o hospital. Mais tarde, apresentou queixa na polícia.
"Às vezes durmo mal durante a noite e tenho imagens, mas também sempre tive o cuidado de nunca dizer publicamente como é que era o sujeito porque nunca quis que fosse interpretado por frações políticas ou o que quer que seja", esclareceu.