A China já tem vários casos da nova variante do vírus mpox. O paciente zero é um cidadão estrangeiro com historial de viagens e residência na República Democrática do Congo.
Para além deste caso, há já pelo menos mais quatro pessoas infetadas - todas após contacto próximo com o cidadão estrangeiro.
Em resposta, as cidades de Pequim e Tianjin e as províncias de Guangdong e Zhejiang ativaram um mecanismo conjunto de prevenção e controlo para o rastreio epidemiológico.
"Apresentam sintomas como erupções cutâneas e herpes zoster, que são relativamente ligeiros. As pessoas infetadas estão a receber tratamento médico e a ser observadas. A epidemia está a ser eficazmente controlada", declarou o centro num breve comunicado.
OMS declarou emergência sanitária internacional
No dia 14, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma emergência sanitária internacional devido à propagação de mpox, especialmente em África, onde foram registados milhares de infeções e centenas de mortes.
Apenas dois dias depois, as autoridades chinesas anunciaram um reforço de seis meses das medidas de vigilância nas suas fronteiras para evitar a entrada do vírus, obrigando todos os aviões e navios provenientes de zonas afetadas pela doença a cumprir medidas sanitárias.
Os controlos centram-se na deteção de sintomas como febre, dores de cabeça e erupções cutâneas nos viajantes. São também efetuadas inspeções sanitárias minuciosas aos veículos, contentores e mercadorias provenientes das zonas afetadas.
A China está também a desenvolver uma vacina contra a doença, que já se encontra na fase de investigação clínica.
Nova variante com elevada mortalidade em África
A variante 1b parece propagar-se mais rápido que a anterior e regista uma elevada mortalidade em África.
Sabe-se também que esta nova variante é transmitida principalmente entre humanos, enquanto a versão mais antiga é transmitida sobretudo por animais. As epidemias recentes parecem estar também ligadas à transmissão entre seres humanos, nomeadamente através de relações sexuais.
Com Lusa