No Dia Mundial da Luta Contra a Depressão, que se assinala esta segunda-feira, 13 de janeiro, um novo estudo alerta para 10 mitos comuns detetados nas redes sociais sobre a doença que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta mais pessoas na União Europeia: cerca de 50 milhões.
Portugal não é exceção, pelo contrário: ocupa a 5.ª posição na UE, com cerca de 800 mil casos de depressão diagnosticados no país.
O estudo "Mitos e boatos sobre a depressão: efeitos, exemplos e dicas para os combater", promovido pela Lundbeck - farmacêutica especializada em psiquiatria e neurologia -, salienta a crescente (e problemática) relação entre depressão e desinformação e aponta os mitos mais comuns nas redes sociais, onde o debate sobre saúde mental prolifera, mas escasseia informação especializada.
Os 10 mitos mais comuns sobre a depressão:
- é um sinal de fraqueza;
- é para toda a vida;
- há sempre uma razão;
- não é uma doença;
- é hereditária;
- cura-se com medicina natural;
- é pouco provável que me afete;
- a depressão não existe, é tristeza;
- falar sobre depressão pode piorá-la;
- desaparece sozinha.
Segundo o mesmo estudo, cada vez mais pessoas consomem informação sobre saúde mental proveniente de fontes não especializadas.
Para combater a desinformação sobre o tema, o estudo aponta para a necessidade de "criar conteúdos de qualidade" e de “contar com o apoio de referências para a população adolescente e juvenil, a mais exposta às fake news”.
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As redes sociais e o rigor científico são uma combinação possível e necessária, consideram os especialistas. Por este motivo, encorajam os profissionais de saúde mental a utilizar estes canais, adaptando-se a eles tanto no formato como na linguagem.