A ONU anunciou hoje a suspensão temporária de vários programas de ajuda no Afeganistão devido à falta de pessoal feminino, depois de os talibãs terem proibido as mulheres de trabalhar em organizações não-governamentais (ONG).
O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, condenou hoje o aumento das restrições dos direitos das mulheres no Afeganistão, pedindo ao regime talibã a sua reversão imediata.
Duas ONGs, Christian Aid e ActionAid, anunciaram esta segunda-feira (26) que vão suspender as suas atividades no Afeganistão depois de o regime talibã proibirem o trabalho humanitário de mulheres, elevando para seis o número de organizações a fazer este anúncio.
Três agências de ajuda estrangeiras suspenderam hoje as operações no Afeganistão na sequência da decisão do governo dos talibãs de proibir as mulheres de trabalharem em organizações não-governamentais (ONG) internacionais e locais.
O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken alertou hoje para as consequências "devastadoras" para o Afeganistão da proibição talibã de as mulheres trabalharem em ONG.
As ações dos Talibãs contra as mulheres no Afeganistão podem constituir "um crime contra a humanidade", advertiram hoje os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, através de uma declaração.
Um pequeno grupo de mulheres afegãs organizou um protesto relâmpago em Cabul, nesta quinta-feira, para desafiar o regime talibã, depois que foram proibidas de estudar na universidade — disse uma ativista, acrescentando que algumas delas foram detidas.
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, classificou hoje como um "crime contra a humanidade" a proibição pelo regime afegão talibã do acesso de mulheres à universidade.
O secretário-geral da ONU está "profundamente alarmado" com a decisão dos talibãs de proibir a admissão de mulheres nas universidades afegãs, disse na terça-feira um porta-voz.
Os Estados Unidos condenaram hoje a decisão do regime talibã de proibir a admissão de mulheres nas universidades públicas e privadas no Afeganistão, sublinhando que esta posição é "absolutamente indefensável".
O regime talibã do Afeganistão proibiu hoje, "até nova ordem", a admissão de mulheres nas universidades públicas e privadas de todo o país, anunciou o Ministério do Ensino Superior local, citado pela agência noticiosa afegã Jaama Press.
Membros do movimento talibã chicotearam hoje publicamente 28 civis, incluindo cinco mulheres, perante centenas de espetadores em duas províncias no norte e no leste do Afeganistão.
Vinte e sete pessoas foram açoitadas hoje frente a uma multidão, no Afeganistão, um dia após a primeira execução pública ordenada desde o retorno dos talibãs ao poder, cujo regime descreveu as críticas internacionais como "interferência".
O poder talibã realizou a sua primeira execução pública desde que voltou ao poder, em agosto de 2021, no Afeganistão, com a execução nesta quarta-feira de um homem condenado por assassinato.
O pedido desta organização não-governamental que zela pelos Direitos Humanos coincide com a reunião do comité executivo do COI que hoje decorre na Suíça.
O Parlamento Europeu (PE) denunciou hoje a deterioração dos direitos das mulheres no Afeganistão sob o regime talibã e assegurou que o respeito dos seus direitos deve ser condição para que a comunidade internacional mantenha contactos com os talibãs.
O líder supremo dos talibãs do Afeganistão ordenou que os juízes do país passem a aplicar todas as penas da lei islâmica contra "crimes graves", incluindo execuções públicas, apedrejamentos, açoitamentos e amputação de membros, anunciou o porta-voz.
As autoridades afegãs impediram hoje um protesto de dezenas de mulheres em Cabul contra a perda de direitos laborais e educacionais que lhes foram retirados pelo regime dos talibãs, disse uma das organizadoras.
Três mulheres afegãs que se manifestaram em protesto pela falta de direitas foram torturadas, detidas ilegalmente e ameaçadas pelas autoridades talibã, em Cabul, denunciou hoje a Human Rights Watch.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o "ataque hediondo" contra um centro educacional na capital do Afeganistão, no qual 19 pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas, a maioria estudantes.
Alunas e professoras manifestaram-se hoje no Afeganistão para exigir a reabertura de escolas secundárias femininas, após saberem que os centros abertos no início da semana no leste do país foram novamente encerrados.
O atentado que ocorreu hoje junto à Embaixada russa no Afeganistão matou pelo menos seis pessoas, incluindo o segundo secretário e um segurança, anunciou o Comité de Investigação Russo, com base em informações preliminares sobre o ataque suicida.