Um novo estudo, publicado na revista Antiquity, revelou que o monumento pré-histórico Flagstones, em Dorset, no sul de Inglaterra, poderá ser o mais antigo círculo de pedras conhecido no país. E sim, é anterior até à famosa pedra-altar de Stonehenge.

Quando os investigadores analisaram, através de datação por radiocarbono, os artefactos encontrados no Flagstones - que funcionou como cemitério -, concluíram que a estrutura remonta a cerca de 3.200 a.C.. Isso significa que é cerca de 200 anos mais antiga do que Stonehenge.

Até agora, os arqueólogos pensavam que o Flagstones, descoberto apenas em 1980, - tinha sido construído na mesma altura das primeiras fases de Stonehenge.

Flagstones
Flagstones Reprodução// University of Exeter | Jennie Anderson

Com cerca de 100 metros de diâmetro, o círculo combina características de diferentes épocas, com valas, sepulturas e pedras Sarsen enterradas e algumas até com marcas gravadas.

"Flagstones é uma peça-chave para entender a transição de monumentos retangulares para circulares e a mudança de sepultamentos para cremações", explicou Susan Greaney, arqueóloga da Universidade de Exeter, cintando o Sciencealert .

A descoberta levanta agora novas questões: terá Flagstones inspirado a criação de Stonehenge? Ou será necessário rever a cronologia de ambos os monumentos?

Stonehenge pode ter outro segredo

Stonehenge é o local onde milhares de pessoas se juntam para observar o alinhamento do Sol: no solstício de verão é celebrado o Sol nascente em alinhamento com a grande pedra Heel, que está fora do círculo, e no solstício de inverno é observado o por do Sol dentro do círculo de pedras.

Mas um projeto que reúne arqueólogos, astrónomos e fotógrafos quer demonstrar que a estrutura de pedras em círculo no Reino Unido também se alinha com o nascer e o pôr da Lua.

Também não foi há muito tempo que se descobriu que a pedra-altar de Stonehengeserá, afinal, de origem escocesa e não galesa, como se pensava.

Durante mais de um século, acreditou-se que a rocha pré-histórica tinha vindo do País de Gales, mas agora a verdade parece ser outra.

O autor do estudo disse à BBC News que esta descoberta vai ser uma grande perda para o País de Gales.