
A universidade norte-americana de Harvard processou a administração de DonaldTrump, que bloqueou os financiamentos plurianuais à instituição de ensino no valor de 2,2 mil milhões de dólares (1,94 mil milhões de euros).
Num comunicado, citado pela Reuters, o presidente de Harvard, Alan Garber, refere que o Governo norte-americano, ao longo da passada semana, “tomou várias medidas na sequência da recusa de Harvard em cumprir as suas exigências ilegais".
"Há momentos, interpusemos uma ação judicial para suspender o congelamento dos fundos, porque é ilegal e está para além da autoridade do G overno", afirmou Garber .
Na mesma nota, o líder da icónica universidade aponta que o Presidente dos EUA pretende utilizar o congelamento das subvenções federais para “obter controlo sobre as decisões académicas em Harvard".
"As ações do governo infringem não só a Primeira Emenda (da Constituição, que garante a liberdade de expressão), mas também as leis e regulamentos federais", lê-se no documento, que descreve a decisão da administração como “arbitrária”.
Decisão aplaudida por alunos e docentes
A Agence France-Presse escreve que a posição de Harvard foi saudada por muitos professores e estudantes, que veem esta decisão como um raro sinal de resistência.
Por outro lado, a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, concordou em efetuar reformas sob pressão da administração republicana.
Donald Trump acusa muitas universidades norte-americanas de terem permitido o crescimento do movimento antissemita desde a escalada do conflito em Gaza.
O chefe de Estado ameaça mesmo retirar a isenção fiscal a Harvard, instituição que acusa de propagar “ódio e idiotice”.