Numa conversa telefónica com Han Duck-soo, que é também o presidente sul-coreano em exercício, Joe "Biden expressou o seu apreço pela resiliência da democracia e do Estado de direito" na Coreia do Sul, afirmou a Presidência dos EUA.

Numa chamada de 16 minutos, "os dois líderes discutiram os progressos consideráveis alcançados nos últimos anos no reforço da aliança", disse a Casa Branca, em comunicado.

"O Presidente Biden expressou confiança de que a aliança continuará a ser o pilar da paz e da prosperidade na região Indo-Pacífico durante o mandato do presidente interino Han", acrescentou.

Num outro comunicado, o gabinete do primeiro-ministro da Coreia do Sul disse hoje que Han e Biden se comprometeram a manter e reforçar a aliança entre os dois países.

"O nosso governo continuará a implementar as suas políticas diplomáticas e de segurança e a trabalhar para garantir que a aliança entre a República da Coreia [nome oficial do país] e os Estados Unidos continue a desenvolver-se sem obstáculos", disse Han.

O presidente sul-coreano em exercício destacou ainda a importância de consolidar a aliança de segurança face aos desafios comuns, como o programa de armas de destruição maciça da Coreia do Norte ou a crescente cooperação militar entre Moscovo e Pyongyang.

Han garantiu ainda que todos os assuntos de Estado serão geridos estritamente de acordo com a Constituição e a lei.

Este foi o primeiro contacto entre Biden e Han desde que o primeiro-ministro assumiu o cargo de presidente em exercício, no sábado, após a destituição de Yoon Suk-yeol.

No sábado, na primeira declaração após a destituição, Han prometeu "assegurar uma governação estável".

"O meu coração está pesado. Mobilizarei todas as minhas forças (...) para assegurar uma governação estável", declarou o dirigente aos jornalistas.

O parlamento sul-coreano aprovou no sábado a destituição de Yoon, com o apoio de membros do próprio partido do Presidente, por Yoon ter declarado a lei marcial em 03 de dezembro.

Participaram no processo todos os 300 deputados da Assembleia Nacional (parlamento), tendo o resultado sido 204 votos a favor da moção apresentada pela oposição para destituir Yoon, 85 contra, três abstenções e oito votos nulos.

Entretanto, aguarda-se uma decisão do Tribunal Constitucional no prazo de 180 dias sobre se o Presidente violou ou não a Constituição ao declarar a lei marcial em 3 de dezembro.

No exterior da Assembleia Nacional, em Seul, milhares de pessoas que se reuniram para exigir a destituição de Yoon manifestaram a sua satisfação com o resultado do processo.

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