O Dia do Euromelanoma é hoje assinalado em mais de 30 países da Europa, para alertar para a importância da proteção contra os raios ultravioleta, mas também de vigiar mensalmente os sinais, através do autoexame ou de consultas médicas em caso de dúvida.

Por isso mesmo, ao longo de todo o país, além das campanhas de sensibilização desenvolvidas pela Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) em pareceria com as autarquias, cerca de 40 serviços de dermatologia vão realizar rastreios dos vários tipos de cancros de pele, dirigidos em particular a pessoas de risco.

Este grupo inclui pessoas de pele clara, adultos que sofreram queimaduras solares quando jovens, pessoas expostas ao sol, desde trabalhadores a desportistas, com antecedentes familiares de cancro de pele ou com sinais suspeitos.

Entre os vários serviços que realizam rastreios -- que podem ser consultados no site da APCC (www.apcancrocutaneo.pt) -- constam-se os três Institutos Portugueses de Oncologia (Lisboa, Porto e Coimbra), os Hospitais Universidade Coimbra, o Hospital de Braga, os Hospitais do Porto e de Santo António (Porto), o Hospital Garcia da Orta (Almada), o Hospital de Santa Maria (Lisboa) e o Centro Hospitalar do Algarve.

Segundo explica a APCC, os sinais que devem ser valorizados são aqueles que mudem de tamanho, cor ou forma, que pareçam diferentes dos outros, que sejam assimétricos, que sejam ásperos ou descamativos, que tenham várias cores, com mais de 6 milímetros, que provoquem comichão, sangrem ou deitem líquido, tenham um aspeto perolado ou que pareçam uma ferida, mas não cicatrizem.

Entre os diferentes cancros de pele existentes, os mais frequentes são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Segundo Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC, estima-se que os cancros de pele vão continuar a aumentar e a previsão aponta para o surgimento de mais de 12 mil novos cancros de pele e mil novos casos de melanoma (a forma mais perigosa e mortal de cancro de pele) ao longo deste ano.

Em 2014 foram rastreadas 1.663 pessoas, a maioria mulheres, das quais apenas 32% já tinham efetuado anteriormente rastreio e 31% afirmaram ter atividade profissional ao ar livre.

Foi feito um diagnóstico clínico de sinais atípicos a 317 pessoas, das quais 112 possuíam queratoses actínicas (percursores potenciais de um tipo de cancro de pele), 16 apresentaram suspeita de melanoma e 73 suspeita de carcinomas.

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