O exército israelita disse esta segunda-feira ter atingido, esta madrugada, dezenas de alvos do movimento xiita libanês Hezbollah no Líbano.

"Durante a madrugada [hora local], o exército atingiu dezenas de alvos do Hezbollah, em várias regiões do sul do Líbano", indicou, em comunicado.

Na segunda-feira,Israel bombardeou o Líbano, afirmando ter atingido cerca de 1.600 alvos do Hezbollah. O Ministério da Saúde libanês disse que 492 pessoas morreram e 1.645 ficaram feridas nos ataques israelitas.

O Hezbollah, por seu lado, afirmou ter retaliado com dezenas de 'rockets' disparados para o norte de Israel, precisando que tinham como alvo os "principais paióis" do Exército na zona, bem como um quartel militar.

O fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah - que prometeu continuar a atacar Israel "até ao fim da agressão em Gaza", abrindo uma segunda frente de batalha na região para o Exército israelita - aumentaram de intensidade desde a vaga de explosões simultâneas de equipamentos de comunicação (primeiro, 'pagers' e, depois, 'walkie-talkies'), atribuídas a Israel, que em todo o Líbano fizeram 39 mortos e quase 3.000 feridos, a 17 e 18 de setembro, segundo as autoridades libanesas.

Na sexta-feira, o bombardeamento israelita de um edifício nos subúrbios do sul de Beirute matou 16 membros da força de elite do Hezbollah, incluindo o líder, Ibrahim Aqil.

O balanço total foram 45 vítimas mortais, incluindo civis, de acordo com as autoridades libanesas.Estes são os piores confrontos entre Israel e o Hezbollah desde a guerra de 2006.

Ataques "mais ferozes desde 2006"

A partir de Telavive, o correspondente da SIC, Henrique Cymerman, relata que as recentes trocas de agressões entre Israel e o grupo pró-iraniano são as "mais ferozes e as mais intensas desde 2006". De acordo com Cymerman, recentemente Telavive atentou contra o número três do Hezzbollah, Ali Karaki, ao mesmo tempo que atacou 1.100 "objetivos" do grupo militar.

Neste momento, as ameaças foram lançadas e qualquer ataque contra Telavive ou Beirute, no Líbano, conduzirá, inevitavelmente, a "uma guerra regional geral".

Com Lusa