O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, ameaçou "castigar" Israel pela morte do líder da ala política do Hamas, Ismail Haniyeh, vítima de um ataque durante a madrugada na casa onde se encontrava em Teerão. "Com este ato criminoso e terrorista, o regime sionista [Israel] preparou o terreno para um duro castigo e consideramos que é nosso dever vingar o assassinato em território da República Islâmica do Irão", declarou Khamenei em comunicado citado pela agência de notícias IRNA.
Pouco antes, o Presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, acusava diretamente Israel de ter assassinado o líder palestiniano do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e prometeu fazer com que o país "se arrependa" de um ato que considerou "cobarde".
"A República Islâmica do Irão vai defender a integridade territorial, a honra, o orgulho e a dignidade, e vai fazer com que os invasores terroristas [Israel] se arrependam do ato cobarde", disse Pezeshkian numa mensagem publicada nas redes sociais. Na mesma mensagem, o Presidente do Irão prestou homenagem a Ismail Haniyeh, que foi descrito como "líder corajoso".
Os rebeldes xiitas hutis do Iémen afirmaram estar determinados em apoiar o Hamas, depois da morte do líder politico do grupo islamita palestiniano, Ismail Haniyeh, caracterizada pelo Presidente turco como um "assassinato pérfido".
"Estamos determinados a apoiar o Hamas e todas as fações da resistência para fazer face às ações sionistas apoiadas pelos Estados Unidos", lê-se num comunicado do gabinete político do grupo iemenita pró-iraniano. A morte de Haniyeh "é uma escalada perigosa e uma violação flagrante de todas as leis, costumes e convenções internacionais" e "indica a incapacidade e o miserável fracasso do inimigo sionista na guerra", acrescentam os hutis.
O presidente do Conselho Político Supremo huti, Mahdi al-Mashat, anunciou três dias de luto e o arriar das bandeiras pelo "martírio de Haniyeh", que descreveu como "uma grande perda para o povo palestiniano e para toda a nação islâmica". Em comunicado, o al-Mashat condenou "o crime hediondo de assassinato perpetrado pelo inimigo sionista, que tem estado a cambalear no seu miserável fracasso a todos os níveis desde 7 de outubro até hoje", numa referência ao dia do ataque sem precedentes do Hamas a Israel, que, em resposta, lançou ataques em Gaza.
Já a China e o Catar condenaram o assassínio do líder político do grupo islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, que foi morto num ataque em Teerão, no Irão, na terça-feira à noite. "Estamos muito preocupados com esse incidente. Opomo-nos vigorosamente e condenamos este assassínio", declarou um porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian, durante uma conferência de imprensa regular.
Os Guardas da Revolução iranianos comunicaram nesta quarta-feira que o chefe do Hamas e um guarda-costas morreram num ataque à casa onde Haniyeh se encontrava em Teerão. "A residência de Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político da resistência islâmica do Hamas, foi atacada em Teerão e, devido a este incidente, ele e um guarda-costas morreram", refere o comunicado.
Até ao momento, o ataque não foi reivindicado. As autoridades israelitas não confirmaram qualquer operação em Teerão.