Morte Sara Carreira: Relação de Évora mantém condenações de Ivo Lucas e Cristina Branco

Também Paulo Neves, o condutor que seguia embriagado, viu confirmada a condenação de 3 anos e 4 meses, tendo, porém, beneficiado de uma redução para 16 meses na pena acessória de condução de veículos.

A presidente do Tribunal da Relação de Évora informa, esta quinta-feira, que já tomou uma decisão sobre os recursos da sentença, interpostos por três dos quatro arguidos, no caso do acidente rodoviária que vitimou Sara Carreira. Mas, refere o acórdão, reduziu a pena acessória de um dos arguido, Paulo Neves.

“(…) os três Juízes Desembargadores deste Tribunal da Relação de Évora, deliberaram, por unanimidade, julgar parcialmente procedente o recurso apresentado pelo arguido Paulo Neves, reduzindo para 16 meses a pena acessória de proibição de conduzir veículos com motor”, lê-se na nota de imprensa a que a SIC teve acesso

Decidiu ainda a Relação de Évora, “(…) julgar totalmente improcedentes os recursos apresentados pelos arguidos Cristina Branco e Ivo Lucas, confirmando, assim, integralmente a sentença condenatória a estes respeitante”.

A sentença

Recorde-se que, a 12 de janeiro deste ano, três dos quatro arguidos envolvidos no acidente que provocou a morte da cantora Sara Carreira, no dia 5 de dezembro de 2020, na Autoestrada 1 (A1), foram condenados a prisão com pena suspensa.

A juíza Marisa Dias Ginja considerou, à data da leitura da sentença, que para a morte da cantora na A1, junto a Santarém, "contribuiu o comportamento de todos estes arguidos": Paulo Neves, que conduzia uma viatura alcoolizado e abaixo do limite de velocidade, a fadista Cristina Branco, que embateu na viatura de Paulo Neves, e o cantor Ivo Lucas, que conduzia o carro em que viajava Sara Carreira, de 21 anos, e chocou com o carro da fadista.

Ivo Lucas foi condenado a uma pena suspensa de dois anos e quatro meses e Paulo Neves três anos e quatro meses. Ambos estavam acusados do crime de homicídio por negligência grosseira. Já Cristina Branco, acusada do crime de homicídio por negligência, foi condenada a uma pena suspensa de 1 ano e 4 meses.

Tiago Pacheco, acusado de condução perigosa, foi condenado a pagar uma multa de 150 dias à taxa de 7 euros.

Os quatro arguidos ficaram também, à data, inibidos de conduzir por diferentes períodos de tempo: Ivo Lucas por nove meses, Paulo Neves por dois anos, Cristina Branco por um ano e Tiago Pacheco por cinco meses.