Esta foi a quarta manifestação convocada por mais de 200 organizações cívicas, sociais e sindicais da Comunidade Valenciana, para exigir a saída de Mazón, dando desta vez especial destaque à associação cultural La Nova Muixeranga, em representação do setor cultural afetado pelas intempéries de há três meses.
De acordo com a Delegação do Governo da Comunidade Valenciana, o protesto de hoje contou com pelo menos 25 mil manifestantes.
Na ação reivindicativa de hoje foi ainda feito um minuto de silêncio pelas vítimas e foi lido um manifesto no qual estava escrito "Mazón, demissão, Mazón para a prisão".
Três meses após as inundações de 29 de outubro no leste de Espanha, em que morreram pelo menos 232 pessoas, há ainda ruas com lodo e só foram dados "os primeiros passos" do "trabalho titânico" de reconstrução.
A plataforma que integra mais de 200 entidades da região de Valência, que convocou a manifestação de hoje, critica a gestão das autoridades públicas no dia do temporal, em que falharam os alertas, e na resposta que se seguiu.
O principal alvo dos protestos continua a ser o governo regional, liderado por Carlos Mazón, do Partido Popular (PP, direita), mas nas manifestações anteriores ouviram-se também críticas ao executivo central, que tem à frente o socialista Pedro Sánchez.
Sánchez reconheceu na semana passada que, neste momento, "o mais importante é agilizar as ajudas" e que há ainda "muito por fazer" na reconstrução das áreas afetadas pelas inundações, "uma corrida de fundo" e "um trabalho titânico" em que "só foram dados os primeiros passos".
Nas manifestações já realizadas em Valência saíram à rua dezenas de milhar de pessoas: 130 mil em 09 de novembro, 100 mil em 30 de novembro e 80 mil em 29 de dezembro, segundo dados da Delegação do Governo (a entidade que autoriza os protestos e é responsável por acionar um dispositivo de segurança).
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Lusa/fim