
Nuno Melo admite não querer eleições e acusa a oposição de estar a pôr “tática partidária egoísta” à frente dos interesses dos portugueses. O presidente do CDS, partido que faz parte da solução da atual solução de governo, fala numa “crise política escusada”.
Num comunicado emitido esta quarta-feira, após o chumbo no Parlamento da moção de censura ao Governo apresentada pelo PCP, Nuno Melo acusa a oposição de pretender interromper um “ciclo virtuoso” do país, sob a governação da Aliança Democrática.
Uma “crise política escusada”, que, afirma, é lançada num momento de incertezas e perigo, a nível internacional. A mensagem passada aos parceiros e investidores internacionais, avisa o líder centrista é de irresponsabilidade.
“As oposições estarão a assumir um divórcio com os portugueses e não a romper compromissos parlamentares anteriormente aceites. Por causa disso deverão ser julgados. A eles é só a eles se deverá esta crise política”, declara Nuno Melo .
O líder centrista assume que o CDS “não deseja eleições”, mas diz que se essa for a realidade imposta, o partido mantém-se “totalmente empenhado” no projeto político da Aliança Democrática.
O CDS “estará totalmente mobilizado, para que a necessária justiça para com a AD seja feita nas urnas”, promete.
Durante o debate da moção de censura, na Assembleia da República, Luís Montenegro a anunciou que irá apresentar uma moção de confiança, para determinar se o Executivo tem condições para continuar em funções. Moção essa que, à partida, deverá ser chumbada – uma vez que tanto o Partido Socialista como o Chega já disseram que a inviabilizariam. Isto significa que está em iminência a eventual queda do Governo.
O Presidente da República já anunciou, esta quarta-feira, que, em caso de queda do Governo, o país pode ir para eleições antecipadas "entre 11 e 18 de maio".