"A maior vantagem de Macau é ter o [princípio] 'um país, dois sistemas', cuja base fundamental é a salvaguarda da soberania, da segurança e dos interesses de desenvolvimento" da China, considerou Sam Hou Fai.
"Temos de estabelecer firmemente a consciência comum de 'um país' e persistir nesse imperativo, de modo a garantir que a prática de 'um país, dois sistemas' não seja alterada ou desvirtuada", acrescentou.
Para o responsável, Macau "encontra-se numa nova fase de desenvolvimento" e, por isso, o Governo deve "insistir na confiança institucional" no princípio "um país, dois sistemas", como também deve "saber identificar" os problemas, "dar respostas" e "procurar alternativas, aproveitando as oportunidades e realizando reformas com determinação".
Em 2025, o sexto Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) vai "aproveitar melhor" as vantagens de "um país, dois sistemas" e tomar iniciativas "com espírito de reforma e inovação", garantiu.
Originalmente proposto pelo líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997), o conceito "um país, dois sistemas" permitiu definir para Macau e Hong Kong um elevado grau de autonomia a nível executivo, legislativo e judiciário por um período de 50 anos.
Este princípio foi aplicado em 1997 e 1999, com a transferência de soberania de Hong Kong e da administração de Macau, respetivamente.
Sam Hou Fai foi empossado a 20 de dezembro pelo Presidente chinês, Xi Jinping, como chefe do sexto Governo de Macau, no mesmo dia em que se assinalou o 25.º aniversário do estabelecimento da RAEM, na sequência da transferência da administração do território de Portugal para a China.
Durante a visita, Xi Jinping defendeu que Macau deve procurar ter um papel de maior relevância no mundo e ser mais aberto a pessoas vindas de fora da região.
"Qualquer pessoa que apoie 'um país, dois sistemas' e ame Macau como o seu lar, é um nativo que 'tomou água do Lilau' e uma força positiva que contribui para o desenvolvimento de Macau", defendeu Xi, numa referência a um ditado, segundo o qual quem bebe da água da fonte no Lilau, um dos primeiros largos de estilo português da cidade, "cedo ou tarde volta a Macau".
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