"As forças britânicas participaram numa operação conjunta com as forças norte-americanas contra um alvo militar dos Huthis no Iémen", disse o Ministério da Defesa, em comunicado.

O ministério disse que o ataque ocorreu a cerca de 25 quilómetros a sul da capital Sanaa, "à noite, quando a probabilidade de civis estarem na área é baixa".

Segundo o comunicado, a operação, levada a cabo por caças britânicos Typhoon, teve como alvo "um grupo de edifícios utilizados pelos Huthis para fabricar drones do tipo utilizado para atacar navios no mar Vermelho e no golfo de Áden".

Os rebeldes, que controlam grandes áreas do Iémen, têm atacado o transporte marítimo desde o final de 2023 em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza, devastada pela guerra entre o Hamas e Israel.

Os Estados Unidos começaram, no início de 2024, a bombardear alvos dos Huthis, no âmbito de uma operação para conter a ameaça que representam para os navios mercantes, operação na qual o Reino Unido já tinha participado.

Mas esta é a primeira vez que o Governo de Londres anuncia publicamente que realizou tais operações desde que Washington lançou uma nova campanha contra os rebeldes, em meados de março.

Os Huthis também reivindicam regularmente a responsabilidade por ataques diretamente contra Israel.

O exército israelita anunciou hoje, na rede social X, ter intercetado durante a madrugada um drone lançado do Iémen no Dia da Memória em Israel, que homenageia os seus soldados mortos.

O drone não terá entrado no espaço aéreo israelita e, "de acordo com o protocolo", as sirenes de alerta não foram acionadas, referiram as Forças de Defesa de Israel.

Isto dois dias após a defesa aérea israelita ter intercetado um míssil lançado do Iémen pelos Huthis, que tinha como alvo uma base militar no deserto de Negev.

Os Huthis não reivindicaram até ao momento a responsabilidade pelo ataque com drone desta madrugada.

O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Sean Parnell, anunciou na terça-feira que as forças norte-americanas atingiram desde meados de março mais de mil alvos no Iémen, "matando combatentes e líderes Huthis (...) e degradando as suas capacidades".

Os rebeldes formam atualmente um dos elementos mais ativos do chamado Eixo da Resistência formado por Teerão, após o enfraquecimento do movimento libanês Hezbollah e a queda do regime do antigo presidente Bashar al-Assad na Síria.

A guerra civil no Iémen está em curso desde 2014, e a Arábia Saudita tem vindo a intervir desde 2015 em apoio do governo contra o qual os rebeldes Huthis lutam.

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