Luís Montenegro espera que a reunião com Pedro Nuno Santos para discutir o Orçamento do Estado de 2025 resulte numa “aproximação de posições” que permita a viabilização do documento. O primeiro-ministro vai encontrar-se com o líder da oposição esta sexta-feira.

O chefe de Governo português está em Nova Iorque, para participar na reunião da Assembleia-Geral da ONU e, em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira, manifestou esperanças na reunião que terá com o secretário-geral do PS.

“Espero que possa desembocar numa aproximação de posições que seja passível de viabilizar o Orçamento”, assumiu Luís Montenegro, quando questionado sobre o assunto.

O primeiro-ministro voltou a garantir que está “empenhado fortemente em dar a Portugal um Orçamento do Estado para 2025” e em evitar a “instabilidade económica” do país.

“Acho que não é o meu desejo, acho que é o desejo de todos os portugueses”, atirou.

O clima entre o chefe de Governo e o líder da oposição tem sido de tensão, depois de, nos últimos dias, terem protagonizado uma troca de acusações sobre a alegada indisponibilidade para a marcação do encontro para falarem sobre as negociações do Orçamento do Estado.

Novo PGR: “Governo não deixará de fazer o que lhe compete”

Luís Montenegro foi também questionado quanto à escolha do nome para o próximo procurador-geral da República.

A atual procuradora-geral da República, Lucília Gago, termina o mandato no próximo mês e já manifestou não estar disponível para continuar no cargo.

O primeiro-ministro tem, por isso, de apresentar um nome para passar no crivo do Chefe de Estado, porém, na última reunião entre Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa sobre o tema, o chefe de Governo não terá ainda avançado qualquer proposta ao Presidente, tendo sido apenas discutido o “perfil” mais indicado.

A nomeação do novo procurador-geral "só será conduzida a uma decisão final de nomeação por parte do Presidente – e, naturalmente, isso pressupõe concertação”, admitiu, esta quarta-feira, Luís Montenegro.

“O Governo não deixará de, no âmbito do plano que a Constituição determina, fazer aquilo que lhe compete, que é apresentar uma proposta ao sr. Presidente e consensualizá-la com ele”, declarou, sem, contudo, sugerir ainda qualquer nome ou uma data para a concretização desta intenção.