
O governador da região do Mar Vermelho, Amr Hanafi, declarou em comunicado que "39 turistas estrangeiros foram resgatados e outros seis morreram".
"Ninguém está desaparecido", acrescentou, afirmando que todas as vítimas mortais eram de nacionalidade russa.
De acordo com as agências noticiosas oficiais russas, citando o cônsul-geral Viktor Voropaev, duas das vítimas eram menores.
O consulado russo em Hurghada tinha dito anteriormente que o submarino transportava "45 turistas russos, incluindo menores" que se encontravam numa excursão subaquática para observar os recifes de coral quando "se despenhou a um quilómetro da costa" por volta das 10:00 horas locais (08:00 em Portugal).
O gabinete de Hanafi avançou que o navio transportava 45 turistas "de diferentes nacionalidades, incluindo russos, indianos, noruegueses e suecos", bem como cinco tripulantes egípcios.
O site da Sindbad Submarines, proprietária da embarcação, de acordo com o consulado russo, refere que o submarino foi concebido para acomodar até 44 passageiros a uma profundidade máxima de 25 metros.
"De acordo com as primeiras informações, a maior parte das pessoas a bordo foram resgatadas e transferidas para os seus hotéis ou para os hospitais de Hurghada", declarou o consulado.
Está a decorrer uma investigação para determinar as causas do acidente, acrescentou ainda o gabinete do governador, adiantando que o submarino estava em boas condições e que o seu chefe de tripulação tinha as qualificações académicas necessárias.
"Seis pessoas estavam em dificuldades debaixo de água e conseguimos extraí-las", disse um funcionário do Sinbad, de acordo com um vídeo partilhado pelo gabinete do governador.
Quatro sobreviventes, incluindo pelo menos um menor, foram internados nos cuidados intensivos, segundo o comunicado oficial.
Hurghada, cerca de 460 km a sudeste do Cairo, é um destino turístico popular.
A previsão meteorológica para a cidade no dia do acidente previa condições claras, com ventos acima da média, mas com ótima visibilidade subaquática.
Enquanto dezenas de embarcações turísticas percorrem diariamente a zona costeira para a prática de mergulho, a Sindbad Submarines afirma operar o "único" submarino de recreio genuíno na zona.
Esta embarcação opera na região há vários anos, segundo uma fonte próxima da empresa.
Os recifes de coral do Mar Vermelho e as ilhas ao largo da costa oriental do Egito são grandes atrações, contribuindo para o setor turístico vital do país, que emprega dois milhões de pessoas e gera mais de 10% do PIB.
Contudo, nos últimos anos, a região registou vários acidentes mortais.
Em novembro, condições meteorológicas severas provocaram o naufrágio de um iate de mergulho ao largo de Marsa Alam, cerca de 300 km a sul de Hurghada, causando a morte de quatro pessoas e o desaparecimento de sete.
Trinta pessoas foram resgatadas de outro barco que se afundou, enquanto em junho passado cerca de vinte turistas franceses foram evacuados em segurança antes de o seu barco se afundar num acidente semelhante.
Já em 2023, três turistas britânicos morreram quando um incêndio deflagrou no seu iate.
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