O Rio Grande do Sul foi gravemente afetado por fortes tempestades em abril e maio, que provocaram pelo menos 182 mortes, deixaram milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas, e que afetaram quase todas as cidades do estado, tendo o governo regional decidido retomar hoje a divulgação dos boletins sobre as chuvas que atingem o estado.

Segundo as informações mais atualizadas, fornecidas pela Defesa Civil, sobre as chuvas que têm caído na região desde a passada segunda-feira, não houve registo de mortos, mas 305 pessoas estão em abrigos e há também outras 560 pessoas desalojadas.

Os 'media' locais informam que a cidade de Porto Alegre, capital regional do Rio Grande do Sul, registou quase metade do volume de chuvas esperado para o mês de setembro em 24 horas, o que trouxe transtornos e provocou alagamentos.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um quarto alerta de tempestade para o estado mais ao sul do Brasil até pelo menos sexta-feira.

A tragédia sem precedentes ocorrida em abril e maio mobilizou autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, milhares de voluntários, que fizeram o resgate das pessoas e animais que ficaram isolados nas áreas atingidas, e centenas de toneladas de doações, incluindo materiais enviados de Portugal.

Segundo dados oficiais citados pela Efe, até agosto, cerca de 500 mil pessoas ainda não tinham conseguido regressar às suas casas nesse estado brasileiro, muitas delas com graves danos estruturais e outras com perda total e permanentemente.

O Governo brasileiro reforçou no passado dia 11 que irá destinar 98,7 mil milhões de reais (16,2 mil milhões de euros) para reerguer o estado, dos quais pelo menos 42,3 mil milhões de reais (6,9 mil milhões de euros) já foram transferidos.

Esses dados foram fornecidos num balanço sobre ações desenvolvidas no Rio Grande do Sul, apresentado por Paulo Pimenta, ministro das Comunicações, que foi deslocado para uma Secretaria especial criada para atender as pessoas afetadas pela tragédia causada pela chuva.

Também em setembro, as autoridades do Rio Grande do Sul informaram que já investiram mais de 2 mil milhões de reais (330 milhões de euros) no plano de reconstrução, composto por ações para mitigar os efeitos da enchente histórica que assolou o estado.

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