O Ministério Público francês pediu esta quarta-feira cinco anos de prisão e uma pena de inelegibilidade em futuras eleições contra os arguidos do processo de assistentes parlamentares fictícios da extrema-direita, incluindo a sua líder Marine Le Pen.

Tal sentença "interditaria os arguidos de se candidatarem a futuras eleições locais ou nacionais", afirmou o procurador perante Marine Le Pen, que poderá ficar impedida de se candidatar pela terceira vez às presidenciais francesas previstas de 2027, após o suposto desvio de fundos do Parlamento Europeu (PE) pelo seu partido União Nacional (RN, sigla em francês).

Le Pen critica "ultraje" das acusações"

Le Pen já criticou a "violência" e o "ultraje" das acusações.

"Penso que o objetivo do Ministério Público é privar os franceses da possibilidade de votarem em quem querem" e "arruinar o partido", disse a líder da extrema-direita à saída da audiência.

Alegado desvio de fundos da UE

Marine Le Pen insiste que não infringiu nenhuma regra antes do seu julgamento e de outros 24 membros da União Nacional (RN) por suspeitas de terem desviado fundos europeus.

Marine Le Pen, de 56 anos, e outros 24 membros do antigo partido Frente Nacional, posteriormente renomeada União Nacional (RN, na sigla em francês), são acusados de terem desviado fundos públicos do Parlamento Europeu para pagar a assistentes parlamentares que trabalhavam total ou parcialmente para o partido entre 2004 e 2016.