"Luís Montenegro tem de deixar de ser morno se quer ser um primeiro-ministro bom", afirmou.
André Ventura falava aos jornalistas antes de uma visita a um mercado de Natal na baixa de Lisboa e um passeio pela zona, onde contactou com algumas pessoas, incluindo imigrantes, comeu castanhas e bebeu vinho quente e um mojito, bebida originária de Cuba.
O líder do Chega comentava a entrevista do primeiro-ministro ao Diário de Notícias, na qual Luís Montenegro disse que se deve olhar para os imigrantes como "novos portugueses" e que, "no sentido visual", não gostou de ver as imagens de pessoas encostadas à parede durante a operação policial de 19 de dezembro no Martim Moniz, referindo tratar-se de uma "situação anómala, que não é o dia a dia".
"Quando ouvimos um primeiro-ministro dizer que afinal não gostou do que viu, percebemos que é um primeiro-ministro que se afrouxou um pouco, peço desculpa pela linguagem, e que na verdade quer agradar a gregos e troianos", criticou o presidente do Chega.
"Deve haver momentos em que pensa assim 'eu tenho que ir atrás do eleitorado do Chega, então vou dizer aqui duas ou três coisas fortes ou pedir três ou quatro coisas fortes'. Mas depois cai-lhe uma parte do país em cima, aquela que cai em cima do Chega a toda hora, e ele quer ficar a meio da ponte", mas fica sem "agradar a uns e sem agradar a outros", afirmou.
André Ventura acusou também o primeiro-ministro de "desautorização direta à polícia".
"Se precisamos de mais segurança, então nós temos que apostar na segurança e estar ao lado das forças de segurança", defendeu.
Ventura considerou que "isto não quer dizer carta verde, nem quer dizer arbitrariedade", mas salientou que não se deve olhar à nacionalidade das pessoas, pois "onde há insegurança a polícia tem que agir, tem que ter autoridade para isso e não pode ter medo".
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