«Amo o futebol e quem gosta de futebol gosta de Johan Cruyff». Sei que não foram estas as palavras que Roger Schmidt disse no Aeroporto da Portela, mas acho que também esta é uma frase muito verdadeira. Não vi jogar a estrela neerlandesa, a não ser numa cassete de vídeo sobre todos os Mundiais que vi mil e uma vezes em casa dos meus pais. Porém, isso não me impediu de ouvir o meu pai falar sobre o Mundial de 74, evento que se seguiu ao início de uma liberdade que se quer para sempre em Portugal.

A caminho de Alvalade, lembro-me bem do Sr. Victor falar sobre Cruyff, Rensenbrink, Arie Haan ou do futuro sogro de Ricky van Wolfwinkel, Johan Neeskens. Imaginava na minha cabeça as jogadas mágicas dos 4-0 à Argentina do ídolo Hector Chirola Yazalde e de uma laranja mecânica que mostrava o outro lado do futebol. Tudo isto me fez despertar curiosidade com o número 14 e o tornou num dos meus números favoritos.

Este ano, em que o Bola na Rede completa o seu 14.º aniversário, achei por bem começar por divagar por um número que, embora não seja “redondo”, tem um lugar de destaque no mundo do futebol e do desporto. Também nós e o projeto que nos continua a encher de orgulho e de trabalho tem já um lugar de destaque no panorama do desporto em Portugal. Tenho de realçar a qualidade do trabalho da equipa também ela “mecânica” que todos os dias, de Norte a Sul de Portugal, se esforça para mostrar que há outro lado no futebol. Seria fácil e certamente mais rentável falar sobre arbitragens, escândalos ou mexericos, mas é tão mais gratificante falar no lado técnico, táctico e nas coisas que nos maravilham neste desporto.

O primeiro ano de teenager trouxe ao Bola na Rede a ida à final da Champions League, no mítico Estádio de Wembley e, durante um mês, estivemos no Euro 2024 a cobrir todos os jogos de Portugal e vários dos encontros que nos levaram até à final conquistada pela Espanha. Foi um esforço incrível do Diogo Reis e do Filipe Oliveira e preciso de destacar estes dois nomes que foram incansáveis e nos ajudaram a dar um enorme salto.

Já na segunda metade deste ano, lançámos o Prémio Revelação do Mês, que tem como primeiro vencedor Tomás Handel, e ainda durante este dia 28 iremos dizer quem é o grande vencedor do prémio Personalidade do Ano. Depois de nomes como Rúben Amorim, Bruno Lage, Vítor Oliveira ou Jorge Braz, desta vez escolhemos um atleta que nos encheu de orgulho no passado recente e que certamente continuará a dar muitas alegrias a Portugal.

De resto, iremos continuar a aposta na atualidade, com uma equipa de redação que trabalha incessantemente para dar notícias ao minuto, continuar com entrevistas a jogadores, treinadores e não só e iremos ter novos projectos para todos os nossos leitores e quem nos acompanha nos nossos podcasts ou na Bola na Rede TV.

Por fim, agradecer a quem nos motiva a mais e nos permite experimentar, errar e crescer: vocês. Queremos vos ter sempre desse lado, a opinar, a criticar e a elogiar o nosso trabalho e a darem-nos motivos para lutar por um futebol (e não só) português saudável e que faça jus à palavra Desporto.

Obrigado a todos, e que o 14 de Johan Cruyff passe ao 15 de Patrick Mahomes!