
Baralha, volta a dar, repete. A I Liga 2024/25 é o campeonato da instabilidade, da mudança, da troca permanente. Houve já 18 mudanças de treinador no campeonato, o valor mais alto entre as 10 principais ligas da Europa.
A saída de César Peixoto do Moreirense foi a derradeira alteração. Com o despedimento do ex-internacional português, apenas Santa Clara, com Vasco Matos, Casa Pia, com João Pereira, Estoril, com Ian Cathro, e Nacional, com Tiago Margarido, mantêm o mesmo técnico do arranque da campanha.
A saída de César Peixoto do Moreirense foi a derradeira alteração, mas a entrada de César Peixoto para o GIl Vicente foi a derradeira novidade. Eis o campeonato da dança das cadeiras, do carrossel de treinadores.
A 24 de fevereiro, Peixoto terminou o seu ciclo em Moreira de Cónegos. A 2 de março, chega a Barcelos. E o que aconteceu no Moreirense? Bem, contratou, a 28 de fevereiro, Cristiano Bacci, que saíra do Boavista a 8 de fevereiro. Baralha e volta a dar.
Peixoto, de 44 anos, orientou o Moreirense em 27 encontros, com nove vitórias, cinco empates e 13 derrotas. Saiu após uma derrota, por 2-0, em Famalicão, deixando os minhotos em 11.º. O antigo jogador volta a um clube que bem conhece, já que terminou no Gil a carreira como futebolista, fazendo 65 partidas pelos galos entre 2011/12 e 2014/15.
O Gil arrancou a temporada com Tozé Marreco, que saiu ainda antes da 1.ª ronda. Bruno Pinheiro, que sucedeu ao homem que viria a suceder a José Mota no Farense — dança das cadeiras, dança das cadeiras —, foi despedido a 18 de fevereiro. Desde então, José Pedro Pinto orientou o Gil Vicente.
Já Cristiano Bacci, de 49 anos, chega ao Moreirense depois de orientar o instável e limitado Boavista em 21 desafios. Somou duas vitórias, seis empates e 13 derrotas.
Com os casos de Peixoto e Bacci, são já cinco os técnicos que orientaram mais do que uma equipa no presente campeonato. Além destes dois, temos Rui Borges, que foi do Vitória SC para o Sporting, Daniel Sousa, que teve breves períodos em Braga e Guimarães e Luís Freire, que começou no Rio Ave e foi suceder a Sousa no Vitória SC.
A este quinteto podemos ainda juntar Tozé Marreco, que saiu do Gil Vicente ainda antes de orientar qualquer compromisso oficial. Baralha, volta a dar, muda, altera.