Após um triunfo suado, obtido no último suspiro, frente ao Nacional (2-1), o Gil Vicente procura obter a segunda vitória consecutiva no campeonato, desta vez no Algarve, ante o Farense.

Bruno Pinheiro alertou para os perigos que o duelo com os leões de Faro pode trazer, mas enalteceu a vontade de trabalho da equipa ao longo da semana, na antevisão ao desafio da 14.ª jornada da Liga: «Vai ser muito importante ganhar o próximo jogo, porque este ano ainda não vencemos dois jogos consecutivos e ainda não ganhámos fora. Acredito que vamos conseguir fazê-lo, a equipa trabalhou para isso, com muita vontade. Esperamos sempre dar uma boa resposta em todas as jornadas, dar continuidade ao resultado anterior e melhorar a qualidade de jogo. Com o Nacional, conseguimos uma primeira parte bastante equilibrada, mas a equipa perdeu a tranquilidade na 2ª parte e perdeu cautela, com os jogadores a subirem muito para a frente. No final, fomos felizes, temos sido muitas vezes infelizes esta época, alguma vez tínhamos de ser felizes.»

«É diferente, não notei diferença na vontade de trabalhar, os jogadores têm sempre demonstrado muita vontade. Se calhar, nas outras semanas estamos mais calados, com menos vontade de falar e de sorrir, mas a vontade de trabalhar está sempre lá. Desta vez, houve mais sorrisos, mas não houve menos foco», sublinhou o timoneiro dos gilistas, quando questionado sobre o impacto do triunfo diante dos madeirenses na equipa.

O treinador dos gilistas espera um jogo «difícil» e «equilibrado» contra a formação comandada por Tozé Marreco, ele que fez a pré-época como técnico do emblema de Barcelos, dado desvalorizado por Bruno Pinheiro: «Acho que não [existe vantagem]. Tem a vantagem de conhecer os jogadores, mas não saberá o que iremos apresentar, as ideias de jogo são distintas, não são previsíveis a esse ponto. E cada jogo é diferente, não me parece que tenha grande vantagem.»

«Não tenho dúvidas nenhumas, é muito mais fácil lançar jovens num contexto de equipa madura, juntá-los e dar-lhes as melhores condições, se bem que também traz dificuldades a todos eles. O Andrew, pelo tempo que cá está, tem alguma maturidade, depois temos o Josué Sá, que acrescentou nessa caraterística. Mesmo o Rúben [Fernandes], o Zé Carlos, são jogadores com muito tempo de Gil Vicente e muito experientes, tenho a certeza de que passam tranquilidade para dentro, tanto em treino, como em situações mais básicas. Por vezes, nem é na tática, é em momentos particulares, de toque de bola, de jogo, de mentalidade e é uma mais-valia. Podem ajudar os mais jovens e isso é sempre positivo», frisou ainda, sobre o misto de experiência de juventude no plantel do Gil Vicente.

Sobre Facundo Cáseres, titular na jornada transata, Bruno Pinheiro garantiu que o argentino vai manter-se «com frequência» na equipa, ele que recuperou recentemente de uma lesão grave: «Jogando ou não no próximo jogo em Faro, vai ser para manter com muita frequência na equipa. É muito bom jogador, está com fome de bola e sempre pronto para trabalhar. Estamos a dois dias do jogo, para definir o onze gosto de uma semana completa. Se jogar ou não jogar, irá continuar a mostrar-se.»