FC Porto B e UD Oliveirense. Penúltimo e último classificados, respetivamente, enfrentaram-se este domingo, em jogo a contar para a 12.ª jornada da Liga Portugal 2. A defensiva portista exibiu-se ao mais alto nível e resgatou a vitória (2-1) nos instantes finais, garantindo um precioso balão de oxigénio para os dragões no duelo de aflitos.
Dois conjuntos com necessidade de vencer, mas que se apresentaram em campo com sistemas táticos distintos. Os azuis e brancos apostaram num bloco alto, para controlar a posse com passes curtos e dominar o ritmo de jogo. Já a turma forasteira colocou-se, desde cedo, no primeiro terço - em bloco baixo -, com dificuldades na saída de bola, apostando em contra-ataques rápidos e letais. Nenhuma das equipas, porém, conseguiu aproximar-se da baliza contrária com critério na primeira meia hora de jogo.
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. O poderio ofensivo dos dragões surtiu efeito aos 36 minutos, com Felipe Silva a inaugurar as hostilidades. Na sequência de um pontapé de canto -, aliviado, numa primeira instância, pela defensiva contrária -, Tiago Andrade recebeu o esférico e lançou - com critério - um venenoso cruzamento para o interior da área contrária, onde apareceu o central de forma certeira para o fundo das redes dos oliveirenses.
Mudanças acertadas, mas insuficientes
Face à inércia sentida na primeira metade, Filipe Rocha operou três mudanças no reatar do encontro, após a vinda dos balneários. O técnico luso substituiu os alas - que apresentaram bastantes dificuldades em travar Alarcón e Marcus - e optou também por trocar de defesa central. A decisão mostrou-se acertada, uma vez que os visitantes apresentaram-se no segundo tempo com maior estabilidade e coesão defensiva.
Após as mudanças, os unionistas apresentaram melhorias significativas na partida e - após largos minutos de domínio do ritmo de jogo - atingiram a igualdade no marcador. Aos 65 minutos, João Silva apareceu em posição oportuna, deixou o guarda-redes para trás, mas colocou-se numa posição em que o ângulo para o remate era quase nulo. O ponta-de-lança tentou a sua sorte e o esférico caminhou lentamente para o interior da baliza, com o rosto incrédulo de Felipe Silva como pano de fundo.
Tudo parecia encaminhado para a igualdade, mas uma bola parada viria a definir o desfecho do encontro. Já nos descontos, Dinis Rodrigues lançou uma bola longa para o interior da área, onde apareceu Gabriel Brás a cabecear de forma certeira e a garantir a vitória ao cair do pano para os azuis e brancos. Três pontos sofridos, mas cruciais, e pontapé na crise do dragão na segunda liga portuguesa.