
Na Reboleira espera-se um «domingo à antiga» - assim chamou o treinador do Estrela da Amadora, José Faria, à receção a um Farense que, acredita, virá «cheio de alma» e «muito apoiado pelos seus adeptos» para um confronto direto muito importante para as contas pela manutenção na Liga.
Na antevisão à partida marcada para domingo, pelas 15h30, o técnico do Estrela da Amadora não considera estar em posição mais confortável que o adversário e salientou as dificuldades que têm marcado o caminho da sua equipa na presente temporada.
«Parece-me claro e óbvio que esta será uma final para as duas equipas. O Estrela não está mais confortável, na minha maneira de ver, porque as coisas mudam de uma semana para a outra e nunca sabemos o que é que acontece nos outros campos. Os outros têm uma autoestrada, nós vamos pelo caminho das pedras, mas temos conseguido superá-las e é nesse sentido que vamos continuar sempre», deixou como repto para o embate com os algarvios e para a restante época.
Relativamente ao opositor, José Faria reserva o maior respeito. «Aqui e ali não têm conseguido ter os melhores resultados, mas isso não muda em nada aquilo que são, ou seja, é um clube cheio de alma, muito apoiado pelos seus adeptos, seja em casa ou fora, e na última visita à Reboleira tiveram a oportunidade de praticamente assegurar a manutenção, no ano passado», lembrou.
Para enfrentar o Farense, os tricolores contam com uma unidade em particular momento de forma: Jovane Cabral apontou o golo que permitiu derrotar o Nacional e será seta apontada à baliza dos leões de Faro e candidato à titularidade.
«O Jovane é um jogador que nos últimos anos tinha jogado muito pouco e em termos emocionais estava completamente arrasado - imaginem a expectativa de um jogador que chega o Sporting, impõe-se no Sporting, ganha títulos no Sporting e pode fazer uma carreira de nível superior e, de repente, tiram-lhe o chão. O potencial está lá», assinalou, confiante sobre a utilidade e influência do seu pupilo.