O sueco Deniz Gul está lentamente a afirmar-se no FC Porto, levando dois golos, um ao Bodo/Glimt para a Liga Europa, outro ao Arouca. Depois de poucos minutos frente ao SC Braga, espera ter mais frente ao Hoffenheim, esta quinta-feira, também para as competições europeias.

«Vai ser um jogo divertido. O Hoffenheim é uma boa equipa, que está a fazer uma boa campanha na Bundesliga, mas temos a obrigação de ganhar este jogo. Até agora, conquistámos um ponto nos jogos europeus [empate 3-3 com o Manchester United], por isso temos de ganhar para ficarmos satisfeitos. Espero ter tempo de jogo e fazer uma boa partida», diz Gul em declarações ao jornal sueco Aftonbladet, em que falou também da adaptação a Portugal nos dois meses em que está no Porto:

«Tem sido bastante surreal desde que vim para cá, mas acho que entrei em tudo de uma forma positiva. A cidade é boa, as pessoas aqui são muito simpáticas, o clube ajudou-me da melhor maneira e pude começar a jogar cada vez mais. Há muitas coisas boas na cidade, a comida é muito boa, as pessoas interessam-se muito pelo futebol. E também já tenho a minha própria música, o que é muito fixe, já que a arranjaram ainda antes a começar a jogar. A melhor coisa até agora foi ter marcado um golo em casa, diante dos nossos adeptos, e ouvir o cântico que recebi.»

Deixar o Hammarby e escolher o FC Porto «Foi muito rápido» e «não houve hesitação perante uma oportunidade destas»: «Não era possível dizer que não.»

O jogador destacou o golo na Noruega: «Na verdade, foi importante. Foi o meu primeiro jogo europeu, a minha estreia e um grande acontecimento para mim. Foi uma sensação ótima ver a bola entrar. Foi um ressalto e não foi o meu melhor golo, mas todos os golos contam.» E jogar frente ao Manchester United? «Sim, também foi importante. Infelizmente, não ganhámos. Tive uma grande oportunidade para marcar, mas falhei. Vou ter de marcar o próximo. Foi poderoso jogar contra jogadores como Casemiro e os outros do United.»

Suécia ou Turquia?

Deniz Gul, ainda em escalão sub-21, está no epicentro de uma disputa entre a Suécia e a Turquia. O pai é turco e o jogador tem dupla cidadania, sendo que a Turquia não faz segredo quanto ao desejo de ver o portista representar a seleção principal daquele país. No entanto, na mesma entrevista, Gul diz que ainda não escolheu.

«Contactaram-nos recentemente sobre a seleção nacional da Turquia. Anteriormente, já me tinham contactado por causa da seleção de juniores e da seleção de sub-21. É lisonjeiro e ótimo que entrem em contacto connosco, significa que fizemos algo de bom. Está tudo com o meu agente, ainda não decidi», explica, ele que até tinha expectativas de estar na última convocatória da Suécia, desfalcada de avançados: «Na verdade, fiquei um pouco desiludido. Não há muitos nove puros, mas não chamaram nenhum, foi uma pena. Apesar do interesse da Turquia, ainda não ouvi nada da federação sueca.»